Entrada de capital puxa dólar abaixo de R$ 3,10

A entrada de capital com a ação de exportadores trouxe a moeda americana para o menor nível desde o dia 28 de maio. O cenário positivo e o superávit de US$ 13,435 bilhões da balança comercial fizeram com que os exportadores trocassem a moeda americana por reais. Com isso, o dólar fechou ontem em baixa de 0,86%, a R$ 3,094, abaixo da barreira dos R$ 3,10.

Analistas afirmam que o cenário de estagnação no mercado de câmbio chegou ao fim. A expectativa é de que a moeda recue ainda mais e volte a se aproximar dos R$ 3.

Depois da emissão soberana do governo, as empresas começam agora a encontrar mais facilidade para captar recursos. Na última segunda-feira, o governo emitiu bônus com vencimento de cinco anos e captou US$ 750 milhões.

Circularam ontem no mercado rumores de que a VCP estaria prestes a fechar uma captação de US$ 200 milhões. Comenta-se que parte do volume negociado ontem seria resultado de uma antecipação desta operação, prevista para ser concluída na próxima semana.

Outra fonte de novos recursos citada foi o início das negociações dos ADRs da Gol em Nova York. Na Bovespa, as ações da empresa movimentaram R$ 64,969 milhões, o equivalente a 7,4% do volume negociado.

Cenário positivo

Depois de uma maré de pessimismo devido a expectativa de elevação dos juros, o mercado passou a operar de olho no cenário interno. O noticiário da semana animou os investidores, com destaque para a aprovação do salário mínimo na Câmara e a rolagem parcial de uma dívida cambial de US$ 2,5 bilhões com vencimento no dia 1.º.

Sem grandes destaques na agenda política, com exceção para a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, analistas apostam em calmaria para o câmbio no próximo mês.

Indicadores americanos

O anúncio da queda do número de pedidos de bens duráveis nos EUA pelo segundo mês consecutivo afastou o fantasma do aumento expressivo dos juros americanos. Em maio, o indicador recuou 1,6%, depois de ceder 2,6% em abril, de acordo com o Departamento de Comércio dos EUA. O mercado esperava um aumento de 1,5%.

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