A Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) comandou hoje uma manifestação contra a volta da controversa Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A mobilização foi repetida em diversas cidades gaúchas por entidades locais, que distribuíram adesivos e panfletos alertando sobre a volta do imposto disfarçado por outra sigla.
Às margens da BR-116, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a movimentação começou no início da manhã, com a presença de empresários e do presidente da Federasul, José Paulo Dornelles Cairoli. “Precisamos terminar com a mesada ao governo e exigir melhor gestão dos recursos públicos”, afirmou Cairoli. Segundo ele, apenas 45% do imposto recolhido desde a sua criação foi destinado à Saúde, para onde deveria ir integralmente.
No fim da manhã, os manifestantes se reuniram em frente à sede da entidade, em Porto Alegre, onde arregimentaram lideranças da Força Sindical, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). “Nos dez anos que vigorou, a CPMF arrecadou R$ 355 bilhões. O imposto deveria gerar avanços significativos na qualidade dos serviços prestados e não gerou”, destacou Cairoli. De acordo com a Federasul, a arrecadação de 2009 foi de R$ 30,6 bilhões – maior que a de 2008, em termos reais (descontada a inflação) – e a Saúde continua com problemas.