A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) deixaram no final da tarde a reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e renunciaram à sua participação no órgão. Os representantes das entidades justificaram que a decisão é uma reação à interferência do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no processo de eleição da presidência do conselho.
Em nota entregue à imprensa, as entidades destacam que “desrespeitou-se o princípio ético da imparcialidade e da não interferência do rodízio entre as bancadas” que, segundo as entidades, orientam um acordo existente desde 1990, quando foi criado o Codefat. Um pouco antes do anúncio da decisão das entidades Lupi negou qualquer interferência na sucessão. As entidades patronais acusam o ministro de ter feito pressão sobre outros conselheiros para que fosse eleito hoje o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese. “Não trabalhei por ninguém e desafio alguém a provar que fiz pressão”, disse.
Originalmente, as quatro entidades que deixaram o conselho queriam a eleição de Fernando Antonio Rodrigues, representante da CNA, para presidir o Codefat.