A petrolífera italiana Eni SpA disse que a produção de petróleo na Líbia poderá atingir 140 mil barris diários até o final de novembro, mas a ausência de empreiteiros e trabalhadores estrangeiros atrasa a volta do país magrebino ao mercado do petróleo e gás natural, informou Najmi Karim, dirigente da Mellitan Oil and Gas, a joint venture da Eni na Líbia. A Eni reiniciou nesta segunda-feira a produção de petróleo no campo de Abu Attifel.
“Alguns empreiteiros estrangeiros têm tido dificuldades em mobilizar equipamentos e trabalhadores”, disse Karim. Segundo ele, até agora as empresas tentam “garantir a situação de segurança” na Líbia.
As declarações de Karim deram apoio às projeções de que a volta da Líbia ao mercado de petróleo e gás natural será lenta. Em fevereiro, o país interrompeu sua produção diária de 1,6 milhão de barris de petróleo, o que levou a uma pressão sobre o mercado. Agora os especialistas discordam a respeito da velocidade da Líbia retomar sua produção e venda de hidrocarbonetos.
A Eni, maior empresa estrangeira a operar na Líbia, anunciou nesta segunda-feira o recomeço da operação do campo petrolífero de Abu Attifel. Foi a primeira vez que a empresa italiana reiniciou a produção após a queda de Muamar Kadafi no final de agosto. Karim disse que as exportações serão retomadas quando o terminal de Zueitina puder opera novamente, o que é esperado para breve.
Mas Karim afirmou que as exportações de gás natural para a Sicília através do gasoduto GreenStream deverão recomeçar em meados de novembro, ao invés da data inicial, que era meados de outubro. O GreenStream depende da produção dos campos de Wafa. Até agora a produção não foi retomada em Wafa devido à falta de trabalhadores estrangeiros, uma vez que ainda não existem condições de segurança na região. As informações são da Dow Jones.