Depois de levar as distribuidoras Eletroacre e Ceron, a Energisa não participará do próximo certame, que envolverá a Amazonas Energia, disse o presidente da companhia, Ricardo Botelho. Sobre a distribuidora Ceal, o executivo disse que a empresa aguarda um desfecho do imbróglio judicial entre a União e o governo de Alagoas para avaliar se entrará na disputa, muito embora, ao adquirir a Eletroacre, a companhia tenha ganho uma vantagem na disputa pela distribuidora alagoana: a empresa tem a oportunidade de entrar na competição diretamente na etapa de lances a viva-voz.
Botelho disse que a modelagem do leilão permite que essas distribuidoras sejam recuperadas, mesmo se atualmente gerem grandes prejuízos para a Eletrobras. “Esse processo foi muito bem conduzido e desenhado e traz benefícios para o consumidor. Estamos muito satisfeitos e sabemos que temos condições de desempenhar um bom papel de transformação dessas empresas”, afirmou o executivo, em coletiva de imprensa, após o leilão.
A elétrica já mostrou uma boa trajetória de recuperação de distribuidoras deficitárias, os ativos do antigo Grupo Rede, adquiridos pelo valor simbólico de R$ 1, em 2014. São distribuidoras que operam nos Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, além de pequenas concessionárias do interior de São Paulo e do Paraná. “Faremos o combo noroeste”, disse o executivo, referindo-se ao fato de que a companhia pretende obter sinergias entre as distribuidoras recém-adquiridas que atuam no Acre e Rondônia e seus atuais ativos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.