O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a energia elétrica será mais barata no próximo ano porque haverá oferta de energia nova. Em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 14, o ministro reconheceu que a situação energética era difícil e gerava prejuízos para algumas partes. “Agora conseguimos equilíbrio”, disse.

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Mantega enfatizou, ainda, que não há falta de energia elétrica no País. “O que falta é água em alguns lugares”, disse. “Todos sabemos que houve falta de chuvas e ocasionou encarecimento da energia.” “O governo federal definiu um modelo para que pudéssemos dividir o ônus de arcar com aumento de preços entre vários segmentos envolvidos”, falou.

Mantega lembrou que o governo previu no orçamento deste ano R$ 9 bilhões para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). “Depois, verificamos que era possível fazer um leilão de energia que estava sobrando, que não tinha sido contratada”, disse. “Fizemos leilão ofertando nova quantidade para que distribuidoras pudessem contratar essa energia a um preço menor que aquele praticado no mercado. Com isso, suprimos parte do problema. Outra parte será compartilhada pelo governo, e tem a parte do consumidor, que pagará parte dessa conta com tarifas que a seu tempo serão colocadas.”

Distribuidoras

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Mantega disse, ainda, que o governo ajudou a arquitetar a estrutura de financiamento das distribuidoras. “Elas se organizam na CCEE, uma espécie de câmara de compensação. Nós ajudamos a montar financiamento privado, em condições de mercado, no qual participaram bancos públicos e privados e financiam R$ 11,2 bilhões”, disse.

O ministro falou ainda que as distribuidoras puderam pagar as geradoras e receberão esse recurso ao aumentar as tarifas de forma escalonada, em dois anos. “Portanto, vai ficar no zero a zero. Foi a solução que encontramos para acomodar esse problema, que vai diminuir no ano que vem com nova oferta de energia barata, porque vencem contratos de concessão”, concluiu.

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O ministro defendeu que a capacidade de geração de energia elétrica no País aumentou nos últimos anos, inclusive a possibilidade de transferir a energia que sobra numa região para outro local.