A capacidade de geração de energia elétrica do Brasil cresceu 2,25% em 2008, alcançando 102.610 megawatts (MW), informou nesta sexta-feira (16) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ao todo, foram acrescentados ao sistema 2.158 MW ao longo do ano passado.

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Apesar do crescimento, os números mostram uma queda no ritmo de expansão do sistema, já que, de 2006 para 2007, o aumento havia sido de 4,2% (4.028 MW), ou seja, praticamente o dobro do que foi acrescentado em 2008.

Outro ponto que foi destacado é o fato de que a maior parte da expansão de 2008 ocorreu na geração em usinas termoelétricas, que em geral são mais caras e mais poluentes. Do total de energia nova incluída no ano passado, 1.243 MW, ou 57,64%, correspondem a geração em 29 novas usinas térmicas. Na divisão dos novos megawatts em 2008, quem aparece em segundo lugar são as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). As 36 novas unidades que entraram em operação, contribuíram com 643 MW, ou 29,79%.

Já as hidrelétricas de maior porte – apenas duas começaram a funcionar em 2008 – acrescentaram apenas 180 MW, ou 8,34% do total. Por fim, começaram a operar, em 2008, cinco centrais eólicas, que somaram 91,3 MW, ou 4,23% do total de energia nova gerada.

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Apesar dos avanços das térmicas, as usinas hidrelétricas ainda detêm a maior participação na matriz elétrica brasileira. Segundo a Aneel, as 160 hidrelétricas em operação produzem 74,9 mil MW, ou 73% de toda energia elétrica instalada no País. As térmicas (excluindo as nucleares) vêm em segundo lugar com 22,756 mil MW, ou 22,18% do total.