Os preços de energia elétrica no mercado atacadista subiram para R$ 186,16 por MWh, o nível mais elevado já registrado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) desde o final do racionamento de energia em 2002. Os preços serão válidos para os negócios a serem concretizados na semana que vem nos quatro submercados (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste).

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O novo patamar representa aumento de 26,42% em relação aos níveis atuais e estão 43,41% acima do observado em meados de setembro do ano passado. Os novos preços estão bem acima do teto previsto pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para as novas hidrelétricas, estipulado em torno de R$ 120 por MWh (R$ 140 nas usinas térmicas).

A alta nos preços resulta basicamente da falta de chuva nas regiões Norte e Nordeste nas últimas semanas, conforme acompanhamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Nas três primeiras semanas de setembro, as chuvas no Nordeste estão cerca de 15% abaixo da média histórica para essa época do ano e na região Norte estão 35% abaixo do normal para essa época do ano. Com isso, as duas regiões estão recebendo transferência de energia do Sudeste, o que acaba acelerando o esvaziamento de água dos reservatórios da região.

Também na região Sul, as chuvas em setembro estão muito abaixo do observado nas últimas décadas, com energia afluente (água que chega aos reservatórios) de apenas 3.419 MW médios nos últimos dias para uma carga (consumo) de 8.225 MW médios, dos quais cerca de 6.875 MW médios supridos por hidrelétricas. Os especialistas estão prevendo chuvas para o Sul na semana que vem como tradicionalmente ocorre na entrada da primavera. "Pode ser que haja alguma surpresa, mas as chuvas nessa época do ano são tradicionais", disse um técnico do setor.

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