O recente aumento nas tarifas de energia elétrica fornecida pela Copel já começa a refletir nos índices que medem a inflação. No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de julho, em Curitiba e Região Metropolitana, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a luz foi o item com a segunda maior taxa do mês: 9,91%. Ainda assim, baixas importantes nos grupos de alimentação e transporte levaram a um índice médio de apenas 0,03% – um recuo em relação ao indicador do mês passado, que fechou em 0,20%.

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Apesar de baixo, o IPCA-15 curitibano deste mês foi o terceiro maior entre as 11 capitais pesquisadas. Ficou atrás apenas de Brasília (0,17%) e Belo Horizonte (0,12%). O índice nacional foi negativo: -0,09%, que veio após uma taxa de 0,19% no mês anterior. Na taxa acumulada do ano, Curitiba está na sétima posição, com 3,04%. A média do País está em 3,26%. Em 12 meses, o índice curitibano é de 4,17% e o nacional, de 4,74%

O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação considerada a oficial, que é o IPCA, também medido pelo IBGE. Para o cálculo do indicador, foram pesquisados preços vigentes entre 15 de junho e 13 de julho, e comparados com os 30 dias imediatamente anteriores.

Com o aumento na energia elétrica, o grupo habitação foi o que fechou o período pesquisado com a maior taxa (2,46%). Como consequência, a taxa acumulada no ano pelo grupo, que estava entre as mais baixas, disparou de 1,35% para 3,84%. A categoria com o segundo maior aumento, em julho, foi a de artigos de residência, que teve índice médio de 1%, puxado principalmente pelos móveis, que subiram 3,06%.

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Baixa

Por outro lado, os produtos alimentícios, que vinham exercendo forte pressão inflacionária até maio, passaram pela segunda queda seguida, este mês (-0,98%, após -0,42% em junho). Se considerados apenas os itens consumidos em domicílio, a baixa foi ainda maior, de 2%. No ano, porém, os alimentos ainda são os que mais pesam na inflação, com índice de 5,66%.

O tomate (-17,47%), a cenoura (-16,77%) e a batata (-15,88%) foram os itens alimentícios que mais baratearam no último período pesquisado. O leite ficou 4,95% mais barato e também foi um dos destaques do IBGE. Já o feijão (6,06%) ficou entre os produtos que pressionaram o índice dos alimentos para cima.

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Outra baixa importante entre os grupos aconteceu nos transportes, que tiveram média de -0,93%. Apesar de uma alta de 9,06% nas passagens de avião, a taxa foi influenciada por reduções nos preços dos combustíveis (-2,11% para a gasolina e -7,51% para o etanol) e dos veículos novos (-1,81%) e usados (-0,46%).