Energia diminui pressão e puxa alta do IPC-M de março

A aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) de 0,30% em fevereiro para 0,72% em março foi puxada pelo grupo Habitação. Em fevereiro, com o corte na conta de luz, o item tarifa de eletricidade residencial havia ficado em -16,14%. Já em março, a queda no preço da energia diminuiu para 1,62%. Com isso, o grupo Habitação, que havia registrado deflação de -1,75% em fevereiro, apresentou alta de 0,48% em março. O IPC-M compõe o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Outras três classes de despesa também apresentaram acréscimo nas taxas de variação. Vestuário passou de -0,28% em fevereiro para 0,70%, Saúde e Cuidados Pessoais saiu de 0,40% para 0,58% e Comunicação foi de 0,18% para 0,47%. Os destaques dentro dos grupos ficaram com os itens roupas (-0,41% para 0,73%), medicamentos em geral (-0,10% para 0,30%) e pacotes de telefonia fixa e interne (0,13% para 1,22)

Alimentação desacelerou, ao sair de 1,51% para 1,37%. No mesmo sentido foram os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,45% para 0,30%), Despesas Diversas (2,08% para 0,20%) e Transportes (0,89% para 0,61%). No primeiro caso, as carnes bovinas puxaram o decréscimo na taxa de variação, com queda de 2,05% ante alta de 0,37% em fevereiro. Nos demais grupos, os destaques ficaram por conta de cursos formais (2,51% para 0,01%), cigarros (3,89% para 0,00%) e gasolina (3,12% para 2,17%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que também compõe o IGP-M, variou 0,28% em março, desacelerando ante o resultado de fevereiro (0,80%). Mão de obra desacelerou de 1,00% para 0,14% no período e Materiais, Equipamentos e Serviços passaram de alta de 0,59% para 0,42%.

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