O nível de endividamento dos paulistanos ficou praticamente estável em maio, passando de 49% em abril para 50% este mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda representou dez pontos porcentuais, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), divulgada nesta terça-feira (20). Já o índice de inadimplência, que representa os consumidores com contas em atraso, ficou em 31% este mês, o que representou uma queda de três pontos porcentuais em relação a abril e de 12 pontos porcentuais na comparação com maio de 2007.

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A instituição destaca que o cenário permanece positivo para o consumidor. "A consistente expansão da massa real de rendimentos principalmente da renda combinada com a maior eficiência das ferramentas de concessão e gestão de carteiras de crédito, tem impedido que o endividamento das famílias atinja elevados níveis de inadimplência", avaliou a PEIC.

De acordo com a pesquisa, 42% das pessoas com renda até três salários mínimos (até R$ 1.245,00) estão inadimplentes, contra 30% dos que ganham de três a dez salários mínimos (de R$ 1.245 00 a R$ 4.150,00), e 19% entre os que possuem renda superior a este nível.

Na análise do comprometimento da renda para o pagamento de dívidas, em maio, o índice apresentou queda de um ponto porcentual, ficando em 31%. A pesquisa mostra ainda que 71% dos consumidores pesquisados declararam a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso, contra 72% em abril.

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A pesquisa constatou que, quando analisado o tempo de atraso das dívidas, para 31% dos consumidores o prazo é de até 30 dias; para 28% o período vai de 30 a 60 dias; para 14% o atraso é de 60 a 90 dias; e para os outros 27%, o tempo é superior a 90 dias.

As mulheres encontram-se mais endividadas que os homens (52% e 47% respectivamente), revelou a pesquisa. Quando o assunto é inadimplência, elas também estão à frente deles (33% e 29% respectivamente).

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Inadimplência

A falta de controle financeiro foi apontada por 43% dos consumidores como motivo para a inadimplência, seguida pelo desemprego (25%). O cartão de crédito continua sendo o grande vilão das dívidas para 55% dos consumidores, além dos carnês (20%). O tipo de despesa que mais afetou as dívidas atuais dos paulistanos foram gastos com alimentação (18%), eletrodomésticos (16%) e vestuário (15%).

Na análise segmentada por faixa etária, os consumidores com idade inferior a 35 anos apresentam-se mais endividados (52%), enquanto os com idade superior registraram 47%. Já o porcentual de inadimplência é maior entre os consumidores com mais de 35 anos (33%), contra os mais jovens (30%).