O porcentual de famílias endividadas subiu a 63,0% em julho deste ano, contra 62,5% em junho, informou nesta quinta-feira, 17, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com julho de 2013, no entanto, houve queda, já que há um ano 65,2% dos brasileiros estavam nessa condição, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
“O crescimento do custo do crédito vem induzindo as famílias a ter mais cautela ao contratar e renovar empréstimos e financiamentos. Juros mais altos e ganhos de renda mais modestos levam a condições menos favoráveis para o endividamento”, analisa a CNC, em nota. Entre as dívidas captadas pela pesquisa estão cartão de crédito, cheque pré-datado, carnês, financiamentos de carros e imóveis, cheque especial, crédito consignado ou pessoal, entre outros.
Apesar da alta na fatia dos que têm contas a pagar na comparação mensal, a inadimplência teve queda neste mês. Segundo a CNC, o porcentual de famílias com dívidas em atraso ficou em 18,9%, contra 19,8% em junho – uma redução de 0,9 ponto porcentual. Em julho do ano passado, essa fatia era ainda maior, de 22,4% do total de endividados.
Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas em atraso e, portanto, devem permanecer inadimplentes ficou estável em 6,6% nos meses de junho e julho deste ano. Em julho de 2013, essa fatia era de 7,4%.
“A postura mais cautelosa das famílias em relação ao endividamento vem impedindo uma alta da inadimplência”, avalia a CNC. A pesquisa é apurada mensalmente pela confederação desde 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal com cerca de 18 mil consumidores.