Enquanto o Brasil se vê às voltas com a perda da marca ?rapadura?, registrada pela empresa alemã Rapunzel na Europa e Estados Unidos, as empresas nacionais começam a descobrir o poder do registro. Deter a propriedade intelectual de um produto ou serviço inovador representa aumento no faturamento e de poder de barganha para a empresa. Mas a demora na concessão de patentes desanima e a desinformação já foi responsável pela perda de muitas boas idéias.
Para orientar os empresários, o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Fiep – criou em 2005 o Núcleo de Orientação de Propriedade Intelectual – Nopi -, que oferece avaliação, acompanhamento e cursos sobre como requerer pedidos de patentes e registros.
Neste semestre, o Nopi programou nove cursos e eventos em sete cidades paranaenses. Todos terão o apoio e a participação do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Nos meses de março, abril e maio, o Senai leva a Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu e Pato Branco o evento ?A inovação e a propriedade intelectual?. Em março, serão promovidos cursos de redação de patentes em Curitiba e Maringá.
?A propriedade intelectual abrange a propriedade industrial e os direitos autorais. Deter a propriedade industrial sobre um novo produto ou serviço inovador representa para a indústria uma vantagem competitiva?, diz a coordenadora do Inova Senai/Sesi, Sonia Regina Hierro Parolin.
Quando a empresa obtém esse diferencial, explica, pode comprovar que tem tecnologia própria – o que funciona como um bem negociável no mercado. É importante também adotar medidas simples de proteção a idéias e projetos antes da obtenção do registro ou patente.
Para Sonia, nenhuma empresa – independente do seu porte – pode desconsiderar a propriedade intelectual na sua estratégia de negócio. ?É preciso disseminar essa cultura como uma ferramenta de gestão?, defende.
Ação integrada
Uma ação integrada entre os industriais brasileiros, por meio da intervenção da Fiep, e o Ministério do Planejamento, busca resolver uma das questões que mais incomoda os empresários na hora de buscar o registro de marca ou patente: a demora na tramitação do processo, que chega a levar até 10 anos. O objetivo é melhorar o desempenho do INPI neste quesito. O instituto foi autorizado a contratar 338 novos analistas entre 2006 e 2007.
A expectativa é que com a reestruturação, os processos de patentes passem a ser analisados em cinco anos e os de marcas, em dois anos. Atualmente, o INPI acumula 580 mil pedidos de marcas e 120 mil pedidos de patentes pendentes.
Calendário de eventos
Dia 7 de março, em Maringá, e dia 9 em Curitiba, curso de redação de patentes. Cursos sobre propriedade intelectual serão realizados nos dias 30 de março em Londrina; 31 de março em Maringá; 4 de abril em Ponta Grossa; 5 de abril em Cascavel, dia 6 de abril em Foz do Iguaçu e dia 9 de maio em Pato Branco.
De 6 a 8 de junho será realizado no Cietep, em Curitiba, o IV Seminário de Propriedade Intelectual.
Mais informações sobre o Nopi no portal da Retec (www.pr.retec.org.br), no link ?Fale Conosco?, ou pelo e-mail inova@pr.senai.br
