A época dos corsários, dos saques em alto mar e dos tesouros escondidos passou, mas a pirataria nunca esteve tão em alta como no Brasil do século XXI. Os mercados fonográfico, de softwares, de bens de consumo em geral e até de medicamentos enfrentam constantes problemas com falsificações e empresas piratas que causam prejuízos tanto aos produtores quanto aos consumidores. Mas o problema não pára por aí.

Um crescente número de golpes têm ocorrido envolvendo o mercado de listas telefônicas. Só que, diferente dos casos em que o consumidor opta por um produto de procedência ilegal, no mercado de listas os anunciantes são enganados, só percebendo depois de algum tempo que foram lesados pela ação das empresas piratas.

A TeleListas, que é a maior editora de listas do Brasil, tem sido procurada por um enorme número pessoas que se queixam de terem sido de vítimas dos golpes dos piratas. Em um dos mais comuns, o anunciante recebe em casa um boleto emitido por uma empresa identificada com nome semelhante ao da TeleListas. Sem desconfiar, o anunciante paga o boleto, não aparece em nenhuma lista, perde o dinheiro e fica fora de seu mercado.

Outra abordagem comum é feita via telefone. O anunciante recebe um fax com a cópia de seu anúncio publicado na edição anterior da TeleLista, junto com a ligação da empresa pirata, que propõe a renovação do contrato, com pagamento por depósito bancário. Ele efetua o pagamento e não tem anúncio algum publicado.

O gerente regional da TeleListas, Dari Muller, cita um exemplo de como esses golpes prejudicam o mercado: “Um dos nossos clientes informou que foi pressionado via telefone por uma empresa pirata para efetuar um pagamento. A sua esposa correu ao banco, temendo ter que pagar juros. Como o pagamento foi em espécie, no valor de R$ 600,00, ele acabou sendo lesado, mesmo tendo descoberto se tratar de uma fraude na tarde do mesmo dia”, revelou.

Para fugir dos golpes, a TeleListas alerta seus clientes a ficarem atentos aos detalhes do boleto bancário: o nome TeleListas Região 2 deve constar do documento, no alto à esquerda, na frente e no verso do boleto, que é branco impresso em azul. Se ainda assim o consumidor ficar em dúvida, o mais seguro é entrar em contato com o SAC da empresa, basta ligar para o telefone (48) 216.9800 ou 0800-265156.

Dari diz ainda que a TeleListas está apurando o que pode ser feito juridicamente para proteger seus clientes mas, por enquanto, orienta: “Por ser a parte lesada, é o próprio cliente quem precisa procurar os órgãos de proteção ao consumidor para tentar reaver o dinheiro que pagou”. O gerente enfatiza que se o cliente desconfiar do boleto ou da abordagem do telemarketing, o melhor a fazer é não pagar nenhuma cota até se certificar da legalidade da empresa que o está procurando.

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