Empresas não conseguem rolar dívida externa

A instabilidade no mercado financeiro já começa a se refletir nas contas externas do País. Apesar da redução do déficit nas transações com o resto do mundo  alguns indicadores importantes no balanço de pagamentos mostram uma piora na percepção dos investidores estrangeiros em relação à economia brasileira. Os empréstimos intercompanhias (envolvendo as matrizes no exterior e as filiais no País), considerados operações de melhor qualidade e, por isso, classificadas como investimentos estrangeiros diretos, caíram US$ 800 milhões nas últimas semanas. Além disso, as empresas privadas estão tendo mais dificuldade para rolar as dívidas que vencem este ano. A taxa média de rolagem está em 65% do total de compromissos que devem ser quitados no período, obrigando as empresas a desembolsar mais recursos, pressionando o dólar. Normalmente, o governo trabalha com uma taxa de rolagem de 100%.

        Em junho, até hoje (25), o Brasil recebeu apenas US$ 700 milhões em investimentos estrangeiros diretos. A expectativa é encerrar o mês com algo próximo a US$ 1 bilhão. Esse é praticamente o mesmo valor registrado em junho do ano passado, quando a crise de energia adiou por um período a realização de novos investimentos. Em maio, o total de investimentos diretos foi de US$ 1,4 bilhão, ante os US$ 2 bilhões verificados em maio de 2001.

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