As empresas brasileiras estão cruzando a fronteira rumo ao Paraguai em busca de mão de obra barata e menos impostos. Quase 30 companhias já fizeram esse caminho, instalando filiais no vizinho, estimulando seus fornecedores a investir ou terceirizando parte de sua produção para manufatureiros locais.

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Segundo José Franco, gerente de projetos da Rede de Investimento e Exportação (Rediex), do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, os locais preferidos pelos brasileiros são os arredores da capital Assunção e, principalmente, a fronteira com o Paraná no “triângulo” formado por Hernandarias, Presidente Franco e Ciudad del Este.

Os setores mais visados são autopeças, confecções, calçados e plásticos. Na maior parte dos casos, a estratégia é a mesma: os insumos são importados da China, a manufatura é feita no Paraguai e o produto é vendido no Brasil. Está se tornando mais comum marcas conhecidas como Buddemeyer, Penalty, Adidas e Fila serem vendidas por aqui com etiquetas “made in Paraguai”.

A Volkswagen do Brasil está adquirindo autopeças da Fujikura desde o ano passado. A montadora compra chicotes elétricos (uma espécie de rede que interliga os vários sistemas dos carros) da empresa paraguaia. Segundo a assessoria de imprensa, “isso faz parte da estratégia de buscar fornecedores globalmente”.

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Também há companhias que se instalam no Paraguai para aproveitar vantagens competitivas locais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.