Foto: Fábio Alexandre |
Setor da construção civil é um dos beneficiados. |
Rio – A maioria das empresas está com um nível mais elevado de investimentos nos primeiros seis meses deste ano ante o segundo semestre do ano passado. É o que mostra a edição de maio da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação – Quesitos Especiais, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que entrevistou 1.075 empresas entre os dias 2 e 30 de abril.
De acordo com o levantamento, 34% das empresas pesquisadas informaram que estão investindo mais neste primeiro semestre de 2007 do que investiram no semestre imediatamente anterior. Em comunicado, a FGV informou que para o segundo semestre, ?as perspectivas mantêm-se favoráveis. Na comparação com o que vem sendo investido no primeiro semestre do ano, novamente 34% das empresas prevêem investir mais; e apenas 14%, pretendem investir menos?.
Segundo análise da fundação, entre o primeiro e o segundo semestres de 2007, a evolução dos investimentos se apresenta mais favorável para os produtores de bens de capital e de bens intermediários. No primeiro segmento, 23% das empresas informaram que estão investindo mais no primeiro semestre deste ano, ante o registrado no segundo semestre do ano passado -sendo que, no mesmo período de comparação, 21% das empresas deste tipo informaram estar investindo menos, nos primeiros seis meses de 2007.
Bens de consumo e construção
Na avaliação da FGV, nos segmentos de bens de consumo e de materiais de construção, ?há um ligeiro arrefecimento do ímpeto investidor?. No primeiro segmento, 39% das empresas informaram estar investindo mais no primeiro semestre ante o segundo semestre de 2006, e 16% afirmaram estar investindo menos. Para o segundo semestre, 30% planejam investir mais no segundo semestre do que o fizeram nos primeiros seis meses do ano, e 15% estimam investir menos.
Já no segmento de materiais de construção, 40% das empresas informaram investir mais nos primeiros seis meses deste ano ante o segundo semestre do ano passado – sendo que apenas 11% informaram investir menos. Nas projeções para o segundo semestre 33% das empresas de construção informam que vão investir mais do que investiram no primeiro semestre, e 11% das companhias deste setor informaram que vão investir menos, no mesmo período de comparação.
Expansão da capacidade
A expansão na capacidade de produção foi citada como principal motivo entre a maioria das empresas para a realização de investimentos este ano. De acordo com a pesquisa da FGV, 47% das empresas apontaram essa razão como a mais importante causa para a alocação de recursos.
Em comunicado, a FGV informa que ?historicamente, em anos com boas perspectivas de crescimento, esta opção de resposta (expansão na capacidade) tem sido a mais apontada pelas empresas?.
Carga tributária elevada é o maior limitador
Rio (AE) – A carga tributária elevada continua sendo o principal limitador para realização de investimentos, na avaliação da maioria das empresas. É o que mostra a edição de maio da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação – Quesitos Especiais, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o levantamento, os tributos foram lembrados por 49% das empresas pesquisadas.
Em segundo lugar na lista de obstáculos para a realização de investimentos estão as incertezas acerca da demanda, apontadas por 32% das empresas pesquisadas. Três motivos diferentes obtiveram o mesmo porcentual de respostas, e ocupam juntos a terceira posição na lista de obstáculos: custo de financiamento; limitação de recursos da empresa; e taxa de retorno inadequada – cada um lembrado por 18% das empresas pesquisadas. Em quarto lugar está a resposta ?outros motivos? (15%), seguida por ?limitação de crédito? (4% das empresas pesquisadas).