As empresas que buscam o trabalho das agências de publicidade estão apostando no marketing de varejo, sem se preocupar com a construção de uma imagem institucional. Essa foi uma das principais discussões da primeira reunião nacional da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP), que aconteceu ontem em Curitiba. Segundo o presidente da ABAP -regional Paraná, Kal Gelbecke, o pensamento da ?venda pela venda? que a maioria das empresas está adotando limita os resultados a longo prazo. E o ano de 2003 promete não ser dos melhores caso ocorra um confronto entre Estados Unidos e Iraque. Segundo Kal, o conflito faz o empresário lucrar menos, se retrair e repassar seu prejuízo para a agência. “Ainda existe o pensamento de que a propaganda é supérflua. Mas na verdade, podemos auxiliar o empresário a lidar com suas dificuldades e superá-las”.
Resultados
Na reunião de ontem, A ABAP também divulgou a movimentação do setor em 2002, que ficou 1,5% maior que no ano anterior. No Brasil, as agências movimentaram R$ 13 bilhões e no Paraná foram R$ 700 milhões. “É um resultado pouco expressivo. Mas como o mercado está ruim, temos de comemorar”, explicou.
Sobre a publicidade paranaenses, Kal disse estar confiante. Segundo ele, o Paraná representa o quarto ou quinto mercado de publicidade do País. “Temos uma 20 agências boas, bem estruturadas e as empresas daqui estão procurando nosso trabalho”.