Empresas de energia pedem reajuste maior

São Paulo

– A proposta de revisão tarifária periódica apresentada ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desagradou ao setor, que considerou os porcentuais de reajuste – entre 18,77% e 28,55% neste ano -aquém das necessidades das empresas. A maior crítica continua sendo a base de remuneração dos investimentos, que considera o valor de mercado dos ativos das distribuidoras, afirma o diretor-financeiro e de Relações com o Mercado da Cemat, Valdir Jonas Wolf.

Para as concessionárias, o correto seria a agência reguladora usar como base de remuneração o preço mínimo das empresas no leilão de privatização. Por isso, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) mantém na Justiça um pedido para rever os critérios estabelecidos pela Aneel.

Wolf lembra que os números passarão por audiência pública -portanto, estão sujeitos a mudanças. Ele explica que, no caso da Cemat, a agência usou como base de remuneração os valores dos ativos registrados no balanço, corrigidos e com deságio de 30%. Mas esse número, diz ele, é inferior ao que está sendo apurado. A distribuidora, cujo porcentual de revisão é de 24,99%, contratou uma companhia para fazer o levantamento de seus ativos e deverá concluí-lo até o dia 26. A CPFL, que teve o menor índice de revisão, 18,77%, também tem esperança de que haja convergência para encontrar uma metodologia melhor, “que reflita a eficiência de gestão praticada”.

O presidente da Câmara de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Cláudio Sales, afirma, porém, que está preocupado com a falta de coerência dos critérios da Aneel. “Se essa revisão não for feita com cuidado, as empresas passarão por grandes dificuldades”, alerta.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo