Instalados há pouco mais de uma década no Brasil, os grandes grupos coreanos estão ocupando espaço invejável no mercado brasileiro de carros e produtos eletrônicos. LG e Samsung estão no topo de vendas de TVs fininhas, os aparelhos com tela de cristal líquido (LCD, na sigla em inglês) e plasma.
As coreanas fabricantes de eletrônicos deixaram para trás competidores de peso, como a holandesa Philips e a nipo-brasileira Semp Toshiba, que reinavam absolutas quando elas estrearam no País.
Com faturamento de US$ 2,7 bilhões em 2008, a meta da Samsung é duplicar essa receita em pouco tempo no Brasil. Neste ano, a companhia começa a fabricar notebooks na fábrica de Campinas (SP).
Em breve, a LG vai começar a fabricar no País eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. A empresa prepara esse projeto para 2010 ou 2011.
A história é semelhante nos veículos. A Hyundai foi a marca que mais cresceu entre janeiro e novembro de 2009. Já o crescimento da Kia superou o das marcas líderes Fiat, Volkswagen, GM e Ford.
As coreanas estão repetindo a trajetória de fabricantes americanos, europeus e japoneses. Primeiro, foram as fábricas americanas e europeias de carros e eletrônicos, da General Motors à Philips, que ocuparam espaço no País, principalmente a partir da década de 50. Numa segunda onda, a partir dos anos 70, os japoneses avançaram, principalmente em produtos eletrônicos.
Fórmula
A fórmula que explica o êxito das coreanas parece simples e óbvia, mas é difícil de ser executada. Ricardo Carvalho, sócio diretor de fusões e aquisições da consultoria Deloitte, atribui o desempenho ao trinômio produto com qualidade, preços competitivos e investimento forte e contínuo na marca.