A decisão de um profissional de uma empresa brasileira foi responsável por uma briga de pedras em um vilarejo no interior do Gabão. Moradores de vilas vizinhas, tradicionalmente rivais, partiram para a luta depois que a Vale resolveu misturá-los em um canteiro de obras. A iniciativa, que parecia bem intencionada, foi um desastre, mas serviu de lição para a mineradora brasileira.

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A Vale está presente em seis países africanos e tem investimentos ao longo dos próximos anos da ordem de US$ 11 bilhões, entre compras de minas e obras de infraestrutura. Seu presidente, Roger Agnelli, não economiza no entusiasmo. Ele costuma dizer que o mais encantador no continente é que cedo ou tarde tudo que parece ser apenas um projeto passará para o plano da realidade.

A promessa de ser uma nova China aos olhos dos investidores internacionais têm feito do continente africano uma aposta também para empresas brasileiras. Alguns dos principais grupos nacionais elegeram a África como prioridade. Entre investimentos próprios e execução de projetos, os negócios das empresas Vale, Odebrecht, Camargo Correa e CSN são da ordem de US$ 15 bilhões. As áreas de interesse são diversificadas, como mineração, cimento, finanças, agricultura e petróleo. Diferenças culturais, de regime político ou opção religiosa não inibem os projetos. O momento é de investir na África por conta do preço dos ativos, ainda atraentes, do potencial de consumo e da busca de alternativas a mercados tradicionais, como Estados Unidos e Europa, ainda em ritmo fraco de recuperação.

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