São Paulo – A inadimplência das empresas brasileiras aumentou 6,5% em fevereiro, ante o mesmo período de 2006, segundo aponta estudo divulgado ontem pela Serasa. Em relação a janeiro deste ano, porém, a inadimplência de pessoas jurídicas apresentou queda de 14,9%. No primeiro bimestre de 2007, houve crescimento de 8,2% sobre o período compreendido entre janeiro e fevereiro de 2006.
Quanto ao recuo verificado em janeiro deste ano, os técnicos da Serasa avaliam que o movimento é justificado pelo menor número de dias úteis no segundo mês do ano, por conta do carnaval. Os analistas da entidade indicam que o incremento no primeiro bimestre se deu pela elevação da oferta de crédito concedida às empresas e também devido à valorização do real diante do dólar, o que resultou em elevação da competitividade dos produtos importados.
Sobre o cenário futuro, os analistas destacam que a inadimplência será influenciada pela aprovação de um projeto de lei que trata do cadastro positivo sobre o crédito. ?Essa nova metodologia possibilitará o estabelecimento de políticas mais adequadas aos diversos tomadores de crédito e, portanto, maior segurança nessas transações, com redução de custos e ampliação do volume, abrangência e prazo, tanto para pessoa física quanto para jurídica?, afirmam.
A Serasa informou que, entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados apresentam a maior participação com 39,5% do total, ante 40,5% no mesmo mês de 2006. O valor médio ficou em R$ 1.399,30 das anotações negativas no primeiro bimestre de 2007.
O segundo indicador em representatividade das empresas foi o dos cheques sem fundos, com uma participação muito próxima aos protestos, com redução de 39,6% em fevereiro de 2006, para 39% no mês passado. O valor médio foi de R$ 1.158,88.