A finlandesa Nokia, maior fabricante de telefone celular do mundo, anunciou na terça-feira (24) programa de demissão voluntária para se adaptar às fracas condições do mercado. A medida engloba mil funcionários e estará disponível para empregados da companhia no mundo todo a partir de 1º de março, devendo se encerrar em 31 de maio. O programa também inclui maior uso de férias não remuneradas e licenças para ano sabático. Os termos dos planos estão sujeitos às leis e práticas locais.

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As medidas fazem parte do plano previamente anunciado pela Nokia de ajustar os seus custos à demanda do mercado e se salvaguardar da competitividade.

Outra empresa de telefonia celular, o grupo Vodafone, informou que irá cortar 500 vagas de trabalho no Reino Unido, como parte de seu programa de corte de gastos anunciado em novembro do ano passado. A empresa já havia anunciado 150 demissões na Irlanda e irá cortar vagas em todos os países em que atua. Por outro lado, a Vodafone disse que pretende abrir 50 novas lojas em 2009 e abrirá uma nova central de atendimento em meados deste ano. O grupo emprega 10 mil pessoas no Reino Unido e 70 mil pessoas ao redor do mundo.

As companhias telefônicas têm tido desempenho melhor que outros setores em meio à crise global, mas ainda enfrentam crescimento baixo ou zero nos mercados desenvolvidos. A Telefónica, no entanto, disse que não planeja cortes de empregos no Reino Unido.

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Mineração

A mineradora britânica Lonmin, a terceira maior produtora de platina do mundo, informou hoje ter chegado a um acordo com os sindicatos para demitir até 5,5 mil trabalhadores na África do Sul, numa tentativa de contornar perdas geradas pela queda acentuada no preço do metal.

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Os cortes significam mais um duro golpe na maior economia da África, depois de números terem mostrado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu no 4º trimestre do ano passado, pela primeira vez em uma década.

A Lonmin informou que o acordo com os sindicatos permitirá cortar até 4 mil empregados em tempo integral e contratador na sua unidade em Marikana, incluindo 300 posições de gerência.

A companhia informou também que irá colocar a unidade de Limpopo em manutenção o mais rápido possível, o que irá significar a demissão de mais 1.500 funcionários. A Lonmin atualmente emprega cerca de 30 mil trabalhadores. As informações são da Dow Jones.