As empresas aéreas perderam mais de US$ 1,7 bilhão em faturamento até ontem por causa da nuvem de cinzas vulcânicas expelidas pelo vulcão islandês Eyjafjallajokull, que obrigou os aviões a ficarem em solo por seis dias principalmente nas regiões norte e central da Europa, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que pediu que os governo compensem as empresas e afrouxem as regulações.
“Eu sou o primeiro a dizer que a indústria não quer ou precisa de ajuda financeira. Mas esta crise não é resultado de má gestão do negócio”, disse hoje Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata, em Berlim. A Iata representa cerca de 230 companhias aéreas em todo o mundo, abrangendo 93% do tráfego internacional.
“Esta é uma situação extraordinária exagerada por um processo ruim de tomada de decisão pelos governos nacionais”, acrescentou. “As empresas aéreas não puderam trabalhar normalmente. Os governos devem ajudar as companhias a se recuperarem do custo da interrupção dos voos.”
Ele pediu que os governos alterem as regulações sobre cuidados com os passageiros, que fazem as empresas aéreas responsáveis pelas contas de hotel, refeições e ligações telefônicas de passageiros impedidos de viajar. “As regulações não foram feitas para situações extraordinárias”, disse Bisignani. “É urgente que a Comissão Europeia encontre uma forma de aliviar esse peso injusto.”