A Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) vai participar da reunião marcada para hoje com empresários do setor de eletrodomésticos da Argentina. Representantes dos governos do Brasil e Argentina também devem participar do encontro, que vai discutir um acordo para a venda de geladeiras, máquinas de lavar, fogões e aparelhos de TV para o país vizinho.
Na semana passada, o ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, anunciou a criação de restrições para a importação desses produtos. O Brasil foi o país mais prejudicado, já que é quem mais exporta eletrodomésticos para a Argentina.
Os representantes da Eletros se reuniram ontem para definir a posição da entidade na reunião. “Como sempre a Eletros mantém a posição negociadora que vem adotando como forma de seu procedimento”, disse o presidente da entidade, Paulo Saab.
Na semana passada, Saab informou que a decisão da Argentina poderia representar a demissão de mil funcionários do setor, além do fechamento de uma fábrica.
Protesto
A notícia atingiu negativamente os trabalhadores do setor. Para protestar contra possíveis demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo paralisou anteontem três empresas do setor de eletrodomésticos.
O sindicato também agendou outra manifestação para hoje, mesmo dia em que o assunto será negociado na Argentina. Desta vez, o protesto acontecerá em frente ao Consulado da Argentina, localizado na Avenida Paulista, região central de São Paulo.