NEGOCIAÇÃO

Empresários temem demissões com reajuste do mínimo regional

Representantes das indústrias do Paraná apresentaram ao governador Beto Richa (PSDB), na manhã desta segunda-feira (14), a preocupação com a perda de competitividade do Estado com o valor do salário mínimo regional, que hoje é o maior do País. O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), Darci Piana, cogitou a possibilidade de haver demissão de trabalhadores se o mínimo regional sofrer um novo reajuste.

“Outros estados, com salário menor, podem oferecer produtos com preço também mais baixo. Algumas indústrias do setor automotivo, por exemplo, não vêm para o Paraná por causa do salário mínimo e podemos perder ainda mais com isso”, argumenta Piana. De acordo com a análise do presidente da Fecomércio-PR, as greves dos trabalhadores no Paraná também preocupam grandes empresas. “No setor automotivo, o volume de greves é maior por aqui, o que significa também um volume de trabalho menor no Paraná”, afirma.

Outros setores da indústria já teriam procurado a Fecomércio-PR para discutir o aumento do mínimo regional e os problemas que isso poderia causar à produção feita atualmente no Estado. “Empresas ameaçam sair do Paraná dependendo do aumento do mínimo”, confirma Piana.

O governador, que ouviu a preocupação da categoria, afirmou que é preciso conversar com todos os envolvidos para ter uma posição sobre o valor do mínimo regional. “Vamos chegar a uma decisão que possa atender às duas partes, para que a economia não saia enfraquecida, o que pode gerar desemprego e aumento dos empregos informais”, informou Beto.

O aumento do salário mínimo regional está previsto para maio. Atualmente, o piso possui quatro faixas e vai de R$ 663,00 a R$ 765,00. As centrais sindicais esperam elevar o mínimo para R$ 860,00.

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