De acordo com o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep), o preço do pão deve cair nas próximas semanas. Segundo o presidente do Sipcep, Joaquim Gonçalves, a redução de preço é possível porque o trigo foi isentado do PIS/Confins, o que teria reduzido, em média, 10% o preço praticado pelas indústrias.

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Contudo, para os proprietários de estabelecimentos do setor de panificação, os produtores de farinha de trigo não estão repassando a redução de custo de suas produções para as panificadoras.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), Alexandre Pereira Silva, o preço do pão pode cair em torno de 4% para o consumidor final.

“Fizemos uma solicitação para que os proprietários dos estabelecimentos que reajustaram os valores em junho revejam seus custos e repassem o incentivo do governo para a população”, diz.

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A Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) confirmou que, além da isenção do PIS/Cofins, o setor também estaria isento do pagamento da Tarifa Externa Comum (TEC). Além disso, de acordo com a Abitrigo, a taxa de renovação da frota da marinha mercante (25% sobre o valor do trigo importado) também foi suspensa.

No entanto, segundo Alexandre Hirt, comprador de uma grande panificadora de Curitiba, essa isenção não está sendo repassada ainda para as empresas de panificação. Hirt afirma que o preço da saca de farinha de trigo tem oscilado nos últimos meses. “Na semana passada pagamos R$ 36 na saca de 25 quilos, mas já chegamos a pagar R$ 32 no mesmo produto”.

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Devido a essa variação no preço dos fornecedores, que contradiz com a queda do custo de suas produções, Hirt acredita que não deve haver redução no preço final do pão.

“Trabalhamos com quatro fornecedores diferentes e os valores têm variado com todos eles, que dizem que o custo de produção está aumentando. Se o preço caiu para eles, por que ainda existe essa variação?”, pergunta.

O presidente do Sipcep, Joaquim Gonçalves, justifica a variação como um fator determinante para a consolidação da estabilidade do mercado. “Cada moinho tem o seu custo e a diferença de preços faz parte da economia. Nesse sentido a concorrência é benéfica para o consumidor”, explica.

Gonçalves acredita que, mesmo com a oscilação de preços, os panificadores devem ter um custo menor. Para ele, com o custo mais barato da matéria prima, os empresários podem praticar um preço menor, beneficiando os consumidores. “O fato é que houve um incentivo do governo e o setor deveria dar uma resposta positiva para essa medida”, diz Gonçalves.