Empresários do Brasil e do México pressionam os dois governos por um “acordo amplo” até junho de 2010. O setor privado quer aproveitar a visita do presidente mexicano Felipe Calderón, que chega ao Brasil no sábado, para arrancar um compromisso político de maior abertura de mercado.

continua após a publicidade

Um documento produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior (COMCE) foi enviado a autoridades dos dois países na semana passada. No Brasil, receberam a carta os ministros de Relações Exteriores, Celso Amorim, e de Desenvolvimento, Miguel Jorge.

Os empresários pedem o fim das tarifas de importação na maior parte dos produtos industriais, por meio da ampliação do atual acordo entre os dois países, que hoje, na prática, só funciona para automóveis. Na agricultura, os brasileiros reconhecem a necessidade de exceções para proteger o México. O setor privado quer que o acordo inclua compromissos de abertura dos setores de serviços e de facilitação dos investimentos. “A ampliação do acordo comercial é um tema prioritário da agenda. Deve haver alguma instrução dos presidentes nesse sentido”, afirmou o cônsul do México em São Paulo, Salvador Arriola.

continua após a publicidade