Começou no final da manhã, no Palácio do Planalto, a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os 100 maiores empresários do País. Ao entrarem no palácio, empresários reclamaram da carga tributária e pediram redução gradual da alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

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"É preciso corrigir a carga tributária. Em outros países, a carga não chega a 30% (do PIB). O importante é acharmos um caminho para a CPMF. Como a economia está crescendo, o momento é oportuno para uma redução gradual da alíquota", disse o presidente do grupo de siderurgia Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, que qualificou a CPMF de "imposto ruim".

O presidente da petroquímica Braskem, José Carlos Grubisich, disse, ao chegar ao Planalto, que a iniciativa privada quer discutir com o presidente Lula não apenas a redução da alíquota da CPMF, mas também de outros tributos. Já Alfredo Setúbal, vice-presidente do Banco Itaú, afirmou que a redução da alíquota da CPMF deveria começar em 2008: "O ideal é uma redução gradual, porque a CPMF é um imposto que tem efeito em cadeia.

Setúbal disse que não vê a valorização do câmbio como um problema mais sério. "Trata-se de um problema de alguns setores determinados." Setúbal previu que a queda da taxa básica de juros neste ano pode chegar a 10% e que o crescimento do País pode alcançar 5%.

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O presidente da produtora de alumínio Alcoa, Franklin Feder, disse que, na reunião com o presidente Lula, poderão ser discutidas outras questões, como a reforma previdenciária e a reforma política. Segundo Feder, essas são questões não só para a iniciativa privada, mas para o País como um todo. O presidente do grupo de varejo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, disse apenas que foi convidado para a reunião pelo presidente e estava disposto a ouvi-lo.