O avião experimental serve para
lazer ou transporte particular.

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Está sendo testado em Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba, um avião movido a gás natural veicular (GNV). Segundo o piloto, Werner Egon Schrappe, é o primeiro do mundo convertido para este tipo de combustível, que é mais barato, quase não polui e existe em abundância na natureza. O primeiro vôo oficial será no dia 31 de julho, no Autódromo Internacional de Curitiba.

Werner diz que a novidade está sendo testada na aviação experimental, que comporta aviões de pequeno porte utilizados para lazer ou como transporte particular. Segundo ele, dados do Registro Nacional Aeronáutico Brasileiro mostram que existem no País 16.500 aeronaves, sendo que quatro mil se enquadram neste perfil. No Paraná, calcula que existam umas 600 e na Região de Curitiba 150.

A idéia para a conversão surgiu em uma conversa com o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Automobilístico (IBDA) Rogério Silveira, que promove o uso do GNV. Rogério explica que a maioria dos aviões deste tipo de aviação tem o motor parecido aos dos automóveis e usa a mesma gasolina, portanto a mudança para GNV não seria complicada. Durante dois meses trabalharam no projeto e já realizaram alguns vôos.

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São várias as vantagens para uso do gás, entre eles a economia. Com litro de gasolina que custa R$ 2,00 é possível voar nove quilômetros, sendo que com um metro cúbico de GNV, a R$ 1,20, percorre-se até 14 quilômetros. Além disto, o gás natural quase não polui o meio ambiente como a gasolina, e ainda existe em grande quantidade no meio ambiente.

Rogério explica que a capacidade de alguns modelos de avião chega a 240 quilos. Tirando o peso do piloto, o restante poderia ser adaptado para levar o gás natural. O prótipo que está sendo testado carrega 7,5 metros cúbicos de gás e pode voar cerca de 40 minutos. Mas a capacidade pode ser ampliada com o uso de cilindros mais leves, ou se os fabricantes se interessarem em fazer mudanças técnicas para que o avião suporte mais peso. Hoje o mesmo avião voa até 4 horas e meia com a gasolina. ?Na verdade o mais importante agora é provar que o gás pode ser usado com segurança, sendo mais uma alternativa de combustível?, fala Rogério.

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Para quem usa com freqüência o avião ou quer ter uma alternativa a mais de combustível a mudança compensa. Os custos para a conversão giram por volta de R$ 2.600 e a troca é feita em um só dia. Hoje também existem aviões a álcool e está sendo testado a diesel.

Werner tem 30 anos de experiência e afirma que o novo combustível não apresenta problemas. Pelo contrário, acaba sendo mais seguro que a gasolina devido a adulteração. ?Nestes casos, se der problemas não temos o acostamento para parar?, fala. O vôo oficial com o novo combustível será realizado no fim deste mês, durante a 5.ª etapa da Copa Turismo GNV.