Arthur: desespero e rombo de 100 mil reais.

Um microempresário de Curitiba que abriu seu negócio em fevereiro deste ano está fazendo greve de fome porque não consegue pagar as dívidas que somam R$ 100 mil. Ele está querendo renegociá-las mas não tem conseguido bons resultados. Já perdeu um carro de serviço e chegou a sugerir ao Sebrae que crie uma fundo para socorrer empresários nesta situação. Dados do mesmo órgão revelam que entre 50% e 60% das empresas fecham entre primeiro e segundo ano de existência.

Assim como Artur Barbosa Rocha outros empresários tem seus sonhos frustrados. A Junta Comercial do Paraná registrou até setembro deste ano o surgimento de 27.679 empresas. Destas, 5.826 já fecharam as portas. Mas de acordo com o presidente da junta, João Biscaia, o número é maior, já que muita gente não chega a dar baixa nos documentos devido aos impostos. “Eles simplesmente fecham as portas”, conta.

Artur tem a história parecida com a de muitos empreendedores. Ele se aposentou e resolveu investir em um salão de beleza para cães, atividade que exercia informalmente há 7 anos. Procurou o Sebrae e entrou em um plano para abrir mais rápido a empresa. No entanto, não participou de nenhuma atividade de planejamento e gerenciamento. Para o empresário a experiência na atividade informal já dava respaldo para realizar a atividade. Segundo a assessoria de imprensa do órgão este foi o erro dele. Um dos principais conselhos é evitar financiamentos.

Artur conta entre lágrimas que chegou a envolver o nome da filha e amigos nos negócios, e agora eles também estão com os nomes comprometidos. O empresário começou a procurar ajuda para resolver o problema, mas no Banco do Brasil não conseguiu participar de um programa que ajuda empreendedores, devido às dívidas. Para chamar a atenção ele começou uma greve de fome no sábado às 14h, interrompeu na segunda-feira pela manhã, mas garantiu que agora está dando continuidade ao protesto. Ele também escreveu uma carta de 32 páginas que quer ler para a imprensa.

Artur está distribuindo um número de conta corrente para quem quiser ajudá-lo ou contribuir para a criação do fundo para ajudar empresários. Quem quiser pode entrar em contato com ele pelo telefone (41) 257-1678.

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