As expectativas do empresário do comércio de bens e serviços do Paraná, com relação aos próximos seis meses, caiu mais de vinte pontos percentuais na comparação com o primeiro semestre. No final do ano passado, 87,50% dos empresários do setor tinham expectativa de melhoria de vendas, percentual que caiu para 64,34%, segundo pesquisa de opinião realizada pela Federação do Comércio do Paraná.

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?As perspectivas, mesmo que tenham reduzido consideravelmente, ainda são positivas, ou seja, o empresário do comércio de bens e serviços do Paraná, mesmo com todos os problemas políticos e econômicos que estamos vivendo, ainda espera boas vendas até o final do ano?, analisa o presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana.

Esta é a oitava pesquisa de opinião realizada pela Federação do Comércio do Paraná, com o objetivo de saber quais as perspectivas do setor comercial com relação ao desempenho das economias paranaense e brasileira. Participaram das respostas – no período de 11 de julho a 1.º de agosto – empresários de vinte e cinco cidades, as mais representativas de todas as regiões do Estado. Foram ouvidos dirigentes de empresas de diferentes dimensões: grandes, médias e pequenas. O percentual de retorno obtido de questionários possibilita identificar uma representatividade da amostra com 90% de confiabilidade e uma margem de erro de 10%.

?Alguns fatores influenciam de forma positiva o empresariado, como o crescimento contínuo da indústria neste ano, a queda nas taxas de câmbio e a continuidade de taxas de inflação reduzidas, suficientes para se manter a expectativa de estabilidade nos preços, fator que pode estimular as vendas?, continua Piana.

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Outro fator positivo é a continuidade no crescimento das exportações do Estado, indicativo de manutenção de empregos e renda. ?Outra perspectiva otimista é a possibilidade de queda no juro (a taxa Selic) a partir deste mês de setembro?, acentua o dirigente. No período da pesquisa o comércio ainda tinha pela frente – além do Natal – duas datas importantes para incrementar as vendas, o Dia dos Pais e o Dia da Criança.

Por outro lado, entre os elementos que podem justificar a queda no otimismo do empresariado, pode-se citar: desempenho contido do agronegócio, que se reflete em vários setores, como máquinas agrícolas, caminhões, veículos, mercados, bancos (pela dificuldade no cumprimento de compromissos financeiros), etc.

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?No período em que a pesquisa foi realizada, o empresário do Paraná já manifestava algum tipo de preocupação com as denúncias que envolvem o ambiente político do País, com a abertura de comissões parlamentares de inquérito (CPIs)?, diz Piana. ?E, claro, continuamos preocupados com os elevados níveis de tributação vigentes no País, sem qualquer perspectiva de que a reforma tributária, nossa bandeira de luta, seja finalmente discutida e aprovada pelo Congresso Nacional?, conclui o presidente do Sistema Fecomércio.