Empresário do comércio está menos otimista

Carga tributária e encargos sociais elevados; carência de mão-de-obra qualificada; insuficiência de capital de giro e custo elevado dos produtos. Esses foram os quatro principais problemas apontados pelos empreendedores do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná, para reduzir de 88,08% para 84,90% o percentual de otimistas com o desempenho do setor no segundo semestre do ano. Os dados estão em Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio do Paraná, realizada pela Federação do Comércio do Paraná.

“Mesmo em queda, o índice obtido é excelente e demonstra que o empresário paranaense está muito confiante quanto o desempenho de seu negócio neste restante do ano de 2008”, diz o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana.

Segundo ele, a expectativa positiva dos empresários do comércio produz um efeito multiplicador positivo em termos de mais encomendas às indústrias e aos atacadistas, acréscimo nos investimentos, modernização de lojas, abertura de novos pontos de venda e ampliação das vagas no mercado de trabalho.

“Existem outros fatores, fora da pesquisa, que também trazem impacto no comércio e que podem apontar para essa queda no otimismo, como problemas com segurança que eleva os custos para exercício da atividade principal”, ressalta o coordenador da pesquisa, professor Vamberto Santana.

Como vantagens, os empresários destacaram tradição, credibilidade e nome da empresa; qualidade e diversidade dos produtos; atendimento diferenciado e ágil e preços competitivos.

Há outros fatores que impactam de forma positiva ou não o pensamento do empresário do comércio do Paraná. A expansão do agronegócio, por exemplo, é fator de estímulo já que o resultado do campo tem impacto direto nas vendas do comércio do interior do Estado. Mais recursos para financiamentos imobiliários também trazem alento ao comércio porque se a construção civil está bem, toda a economia está bem.

“Podemos concluir que, mesmo que se manifestem as dificuldades citadas, todos os indicadores econômicos apontam no sentido de um melhor desempenho para o comércio no segundo semestre de 2008, comparado ao mesmo período de 2007”, conclui Piana.