Empresariado mostra otimismo com o Brasil

São Paulo (AE) – Pesquisa divulgada ontem pela Serasa apontou que, mesmo com os impactos da crise política que atingiu o Brasil em 2005 e em um ano de eleições presidenciais, o empresariado brasileiro está otimista em relação ao próprio negócio e às perspectivas para a economia do País. No levantamento, que ouviu 960 empresas de diferentes setores em todo o Brasil entre os dias 6 e 15 de março, 65% dos entrevistados estão convencidos que o faturamento das companhias deve aumentar no final deste ano ante o fechamento de 2005, contra 25% que esperam estabilidade e 10% que projetam queda.

Na avaliação por setor, os industriais demonstraram maior otimismo, com 70% respondendo que esperam crescimento no faturamento. No Comércio e em Serviços, esta avaliação teve participação de 61% e 65%, respectivamente, dos entrevistados.

Para o encerramento do primeiro semestre, as análises foram um pouco mais comedidas: 53% dos industriais projetaram crescimento contra 51% do empresários de Serviços. No Comércio, 43% indicaram esta perspectiva, abaixo da média geral, que foi de 49% para o semestre.

Na análise que leva em conta o tamanho das empresas, as respostas mais otimistas para o final de 2006 ficaram por conta das companhias de grande porte (74%), seguidas pelas de médio (67%) e pequeno (63%) portes. Entre as regiões do Brasil, as perspectivas positivas para o faturamento tiveram maior participação no Nordeste (76%), seguido pelo Sudeste (69%), Sul (58%), Centro-Oeste (52%) e Norte (50%).

PIB, câmbio e juros

A pesquisa da Serasa também constatou que os empresários estão otimistas com os indicadores da economia do Brasil. Para a maior parte dos entrevistados (49%), o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer no final de 2006 ante o mesmo período de 2005, enquanto 31% projetaram estabilidade e 19% queda. Para 2007, a perspectiva é ainda melhor, com 53% das respostas de crescimento da economia, 32% de estabilidade e 15% de declínio.

Quanto ao câmbio, a perspectiva maior (48%) é de estabilidade para o encerramento do primeiro semestre, sendo que 23% responderam que haverá desvalorização do real frente ao dólar e 29% que a moeda americana continuará em tendência de baixa. Para o final de 2006, no entanto, a maior parte dos entrevistados (42%) disse que o dólar subirá, contra 38% que apostaram na estabilidade e 20% na valorização da moeda brasileira.

Em relação à taxa básica de juros, a maioria dos empresários (64%) projetou manutenção da tendência de queda no final do primeiro semestre, contra 24% que indicaram estabilidade na Selic e 12% que citaram o crescimento. Para o final de 2006, o cenário apresentado foi o mesmo, mas um pouco menor para a participação dos executivos que apostam na queda dos juros (50%) seguidos pelos que esperam manutenção da Selic (29%) e 21% que aguardam elevação.

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