O governador Roberto Requião e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luís Fernando Furlan, abriram ontem, em Cascavel, o 79.º Encontro de Comércio Exterior (Encomex). O evento, que reuniu 1.270 participantes, estimulou o empresariado paranaense a entrar no comércio internacional e, nesta edição, esteve voltado principalmente para ampliação da parcela representada pelos micro e pequenos empresários.
?É um evento de extrema importância para aqueles que desejam exportar, mas não sabem como?, destacou o governador. O encontro, acrescentou, foi uma oportunidade para que o empresariado que está fora do comércio exterior passasse a conhecer as regras básicas de intercâmbio comercial brasileiro, as oportunidades e os mecanismos de apoio às exportações.
Já o ministro Furlan elogiou a iniciativa de Requião de reduzir a carga tributária para micro e pequenos empresários e as missões promovidas pelo governo do Estado ao exterior. ?O governo do Paraná está fazendo bem a sua parte?, ressaltou. Segundo o governador, as incursões vão continuar com uma missão ao Paraguai na semana que vem e com um desfile das confecções paranaenses no Chile.
O secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luis Mussi, disse que o Paraná vem se destacando como o segundo maior gerador de saldo comercial no País. ?Só no acumulado dos últimos 12 meses, o superávit do Paraná chegou a US$ 3,6 bilhões. Com isso, o Estado se tornou o 4.º maior exportador, com um total de US$ 7,7 bilhões?, contabilizou.
Já o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, salientou o potencial do Paraná e do município. ?O Paraná tem todas as condições para ser o terceiro maior exportador do País. Hoje, Cascavel recebe a oportunidade para tornar-se um grande centro de exportação do Brasil. Queremos aumentar nossas vendas para o comércio internacional em 25%?, revelou.
Mudanças
Ainda durante o encontro, o governador Roberto disse que ?o ministro Furlan é o melhor vendedor dos produtos brasileiros no exterior?. Mas cobrou mudanças na política do governo federal para o setor. ?É necessário apenas um reparo na contradição que determina muita facilidade para o capital estrangeiro e muita dificuldade para o empresário brasileiro?, defendeu.
O governador ainda alertou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está engessado pelos acordos com o FMI. ?Precisamos de investimentos estrangeiros, mas também é necessária a liberação dos investimentos públicos em infra-estrutura?, salientou.
O governador citou como exemplo os obstáculos que enfrenta para expansão do Porto de Paranaguá. ?Estou tentando desde o início deste mandato a liberação para ampliação do porto. Temos caixa, não precisamos do dinheiro do governo federal, mas não tivemos ainda a autorização do Ministério do Transporte?, ressaltou ao pedir apoio do ministro para a liberação.