Brasília – A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é um imposto democrático, porque todos pagam. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (24) pela proprietária da rede de eletrodomésticos Magazine Luíza, Luiza Trajano, depois de participar da reunião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quatro ministros discutiram a situação da economia brasileira com cerca de 100 empresários de diversos setores.
Luiza Trajano disse que outros impostos são sonegados por empresas informais, diferentemente do que acontece com a CPMF. "Não estamos muito preocupados com a CPMF." Para ela, a CPMF poderia "até ficar", mas é necessário reduzir a carga tributária e a informalidade. A empresária destacou também o fato de o imposto do cheque ser "claro" e da sociedade poder acompanhar o destino dos recursos.
Segundo Luiza, a CPMF não foi tema da reunião com o presidente Lula. De acordo com seu relato, os empresários defenderam na reunião que a sustentabilidade do crescimento econômico depende da realização de reformas, como a tributária.
Outros empresários, entretanto, defenderam a redução gradual da CPMF, ao chegar de manhã ao Palácio do Planalto para o encontro com o presidente. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, por exemplo, afirmou que a CPMF é "um imposto muito ruim" e sugeriu que no primeiro ano de redução a alíquota passasse de 0,38% para 0,35%.