A Natura firmou, no ano de 2007, o compromisso voluntário de reduzir um terço das emissões relativas de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera. A meta foi superada e a Natura diminuiu em 33,2% as emissões de CO2 na atmosfera.

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Para cumprir com o objetivo, a Natura contemplou o envolvimento de todos os processos de sua cadeia de valor, desde o fornecimento de matérias-primas até a disposição final das embalagens. A companhia reforçou o olhar sobre toda essa cadeia pensando no compromisso de trabalhar em uma economia de baixa emissão de carbono e essa postura tem gerado um importante aprendizado sobre os impactos e investimentos em novas ações da empresa.

Atualmente, o tema do carbono já está incorporado na tomada de decisão de qualquer nova iniciativa. “É muito gratificante para a Natura atingir essa meta, pois assumimos a responsabilidade, há sete anos, de reduzir todas as emissões causadas por nossa operação”, orgulha-se Denise Alves, diretora de Sustentabilidade da Natura. “Nossos gestores de inovação tem o compromisso de avaliar as emissões de qualquer produto a ser lançado desde o momento do planejamento, que devem ser menores do que os produtos já em linha”, completa a executiva.

Com o nome de Programa Carbono Neutro, a iniciativa se sustenta em três pilares fundamentais: Inventário de Emissões, Redução das Emissões e Compensação. Para garantir a redução de 1/3 das emissões, a Natura fez o inventário medindo todas as emissões geradas desde a extração das matérias-primas e materiais de embalagem, realizada por nossos fornecedores, até o descarte das embalagens após o uso pelo consumidor. Todos os resultados das emissões da Natura foram auditadas por empresas externas independentes tais como DNV (2007 e 2008), PwC (2009 e 2010), KPMG (2011) e E&Y (2012 e 2013). Todos esses dados são devidamente reportados nos relatórios anuais da companhia e na plataforma do Protocolo Brasileiro do GHG, desde sua criação, em 2008.

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Depois de ter um mapa completo da quantidade de carbono emitida, a Natura divide esse total de emissões pela quantidade (em quilos) de produtos vendidos no ano e chega a um valor de carbono/Kg de produto, as chamadas emissões relativas. Para atingir essa meta, a Natura vem, desde 2007, colocando em prática diversas iniciativas.

Em relação aos produtos, a Natura aumentou o índice de vegetalização das formulações e passou a utilizar materiais de embalagens em menor quantidade e com menor impacto ambiental, como o PET reciclado e PE verde. Além disso, o álcool convencional de toda a perfumaria Natura foi substituído por álcool orgânico.

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Foram inaugurados novos Centros de Distribuição, descentralizando a separação dos pedidos dos consultores, reduzindo o tempo de entrega e a emissão de GEE com a otimização do transporte rodoviário.

Outras ações importantes têm sido o incentivo ao transporte de produtos por via marítima para abastecer as operações internacionais que a Natura mantém nos principais países da América Latina. Devido à expansão da produção internacional, a empresa passou a contar com mais produção local, deixando de importar parte da produção do Brasil. A Natura substituiu também toda a frota de carros da força de vendas e, a partir de 2012, passou a oferecer um cartão que limita o abastecimento a etanol dos carros flex.

Entre outras iniciativas sustentáveis da empresa, está a utilização de caixas menores para a distribuição dos produtos, o que permite melhor ocupação nos carros e caminhões; a redução em 6% do consumo de papel da revista Natura, diminuindo o consumo do papel como matéria-prima  e a substituição do GLP por etanol na caldeira da fábrica em Cajamar – SP, que já valerá também para o Ecoparque, quando for inaugurado no próximo mês, em Benevides – PA.

Por fim, por mais que a Natura conte com o aprimoramento dos seus processos, e utilize as tecnologias verdes mais avançadas, emitir certa quantidade de carbono ainda é algo inevitável. Por isso, todas as emissões que a Natura não consegue evitar são compensadas com a compra de créditos de carbono.

Isso ocorre por meio do apoio a projetos que promovem a retirada de carbono da atmosfera, como é o caso das iniciativas de reflorestamento, de recuperação de áreas degradadas com floresta nativa e do incentivo ao desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais. Projetos que permitam que um processo industrial diminua suas emissões de carbono por meio da substituição de combustíveis não renováveis – carvão mineral e o óleo combustível – por fontes renováveis são outros exemplos.

Para selecionar iniciativas que sejam inovadoras e tenham benefício socioambiental, que garanta a geração de emprego e renda para a população local, a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais, a cada dois anos, a Natura lança um edital público. Nele, são escolhidos projetos que geram créditos de carbono suficientes para compensar as emissões que serão geradas no biênio.