O nível de emprego formal na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) aumentou 0,12% em abril, correspondendo à criação de 739 postos de trabalho. Com esse resultado, a RMC ficou em último lugar entre as nove regiões metropolitanas brasileiras cujos dados são divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. A média nacional foi de 0,34% e a do Paraná, 1,14%.
Na análise do Dieese, esse baixo crescimento dos empregos com carteira está ligado à reversão do cenário otimista para a economia brasileira, traçado no início do ano, motivado pelo aumento das tarifas públicas e seu impacto na inflação, manutenção da taxa de juros em patamares elevados, queda acentuada na renda das famílias e resultado negativo do setor industrial no primeiro trimestre.
No acumulado de janeiro a abril, o nível de emprego cresceu 0,66%, representando a criação de 3.880 vagas e posicionando a Grande Curitiba na quinta posição entre as nove RMs. Nos últimos doze meses, o índice de emprego cresceu 1,25%, com a geração de 7.659 postos de trabalho, deixando a RMC na última posição.
Os setores que sustentaram o crescimento do emprego em abril foram: comércio (0,48%), indústria de transformação (0,43%) e serviços industriais de utilidade pública (0,42%). Na indústria, o destaque foi material elétrico e de comunicação (2,44%). O maior destaques negativo foi da construção civil (0,89%).
Na ótica do Dieese, o crescimento do emprego formal não garante uma queda no nível de desemprego. Pelas estimativas do Dieese, a taxa de desemprego na RMC é de 16%, equivalente a 190 mil desempregados. (OP)