A estabilidade no emprego industrial em outubro reflete o menor dinamismo da indústria brasileira entre o segundo e o terceiro trimestre, disse hoje o economista da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Ontem, o instituto anunciou o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que mostrou queda de 1,3% no PIB industrial ante o trimestre anterior. O especialista comentou que o emprego industrial permanece no mesmo patamar há cerca de três meses.
Quando questionado se o comportamento do emprego industrial nos últimos meses poderia sinalizar uma tendência de estagnação no número de pessoas ocupadas na indústria, o técnico foi cauteloso. Ele comentou ser ainda muito cedo para fazer uma conclusão como esta. “Não é possível analisar tendência no emprego industrial sem comparar com a evolução da produção industrial. Precisamos acompanhar os rumos da produção para saber como vai se comportar o emprego”, comentou.
Ele afirmou ainda que os recuos detectados no número de horas pagas na indústria e na folha de pagamento real (descontada a inflação) em outubro no indicador de média móvel trimestral não refletem, necessariamente, uma trajetória descendente. O técnico explicou que o comportamento da média móvel trimestral reflete ainda o desempenho negativo da indústria em agosto – quando a produção industrial caiu 0,1% ante o mês anterior.
