O nível de emprego no setor automotivo brasileiro em janeiro alcançou o maior patamar desde 1990. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor conta hoje com 137.291 trabalhadores, número inferior apenas ao de dezembro de 1990, quando eram 138.374 funcionários. Em janeiro, o segmento de autoveículos empregava 118.599 trabalhadores, enquanto o de máquinas agrícolas tinha 18.692 funcionários.

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O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, disse hoje que o setor quer que o governo adote medidas emergenciais para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras e, dessa forma, ampliar as exportações. Segundo ele, ainda não há propostas definidas, mas o setor está desenvolvendo um estudo, que deve ficar pronto nos próximos dois ou três meses, que servirá de base para a elaboração de propostas a serem apresentadas ao governo.

“O câmbio é um fator, mas temos que raciocinar com um real que vai continuar forte. Temos que encontrar medidas que nos tornem competitivos para exportar mesmo com o real forte”, afirmou. Ele citou como exemplo o custo de capital. “No Brasil, o custo do capital é entre 10% e 12%, enquanto no México e nos Estados Unidos gira entre zero e 2%”, afirmou. Belini disse que a redução dos custos trabalhistas também poderia beneficiar as exportações, mas de nada adiantará caso o governo reduza esses custos e eleve outros tributos.

Apesar da demanda por incentivos para ampliar as exportações, o total de veículos vendidos ao mercado externo cresceu 10,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2010 (considerando unidades montadas e CKDs). Na comparação com dezembro, houve crescimento de 5,8%.

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Crédito

O presidente da Anfavea disse hoje que ainda é cedo para afirmar que a queda nas vendas de veículos registrada em janeiro é resultado das medidas do governo para restringir a oferta de crédito. “Leva entre quatro e seis meses para vermos o impacto dessas medidas nos números do setor”, afirmou.

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No mês passado as vendas de veículos no País registraram queda de 35,8% em relação a dezembro, mas subiram 14,8% em relação a janeiro de 2010. Tradicionalmente as vendas em janeiro caem ante em dezembro, já que o fim do ano é período de vendas aquecidas, com maior disponibilidade de recursos por parte dos consumidores, o que não ocorre em janeiro.

Segundo Belini, historicamente, nos meses de janeiro a queda nas vendas em relação a dezembro é de cerca de 30% e os cinco pontos percentuais a mais registrados no mês passado não são alarmantes. “É importante ressaltarmos que, na comparação sazonal, com janeiro do ano passado, houve crescimento de 14,8% nas vendas e nos primeiros dias de fevereiro também temos crescimento em relação ao primeiros dias de fevereiro de 2010”, afirmou.