O Paraná registrou, no último mês de abril, o maior saldo de empregos dos últimos 15 anos, considerando o mesmo período. Foram 27.478 empregos, 35,16% a mais que abril de 2006. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 1,44%. Os setores que mais empregaram foram a indústria de alimentos e bebidas e a agricultura, responsáveis por 54%, 14.833 empregos gerados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e foram divulgados, ontem, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o economista Sandro Silva, o crescimento registrado em abril segue o que vem sendo registrado desde setembro de 2006. Entre os pontos que justificam esse aumento estão a queda dos juros; baixa inflação; os aumentos reais nas diversas categorias; aumento real também do salário e crescimento no volume de crédito. ?No Paraná, outros diferenciais que também têm impacto positivo são o salário mínimo regional e a agricultura, que recupera os preços e, para este ano, espera safra recorde?, pontua.
Um reflexo da fase positiva da agricultura é que das vagas geradas no Estado, mais de 75% foram no interior. Segundo Silva, este período de safra fez crescer em abril, principalmente, as contratações na usina de cana (5.277) e na produção de álcool (3.157). Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o aumento registrado foi de 0,9%, com 6.841 empregos.
Acumulado
Ainda segundo o Dieese, neste primeiro quadrimestre de 2007, o total de empregos gerados no Estado foi de 70.389, ou seja, 3,79% a mais que o mesmo período de 2006. Também neste período, o interior gerou mais vagas que a RMC, respectivamente 52.940 (4,77%) e 17.449 (2,33%). A agricultura, 32.720 empregos gerados, e serviços, 16.108 empregos, foram os principais setores a motivar o aumento. Em relação ao acumulado nos 12 meses, de maio de 2006 a abril deste ano, foram geradas 104.955 vagas. Tendo a RMC (6,14%) aumento maior em empregos que o interior (5,52%).
No mês de abril, o Paraná foi o terceiro estado do Brasil em admissões (100.822), com variação de 1,44%. Considerando o quadrimestre, o Estado assume a 5.ª posição em evolução de empregos, alta de 3,79%. Nos doze meses, é o 4.º lugar em admissões (972.961) e sétimo em variação positiva, de 5,74%.
Para este mês, a perspectiva do economista é que seja também um bom mês em termos de geração de emprego. ?No entanto, não será nem igual, nem superior ao mês de abril. Talvez fique próximo ao índice de março, de crescimento de 1,07%?, conclui Sandro.