Emprego não cresceu em cidades-sede da Copa, diz IBGE

A realização da Copa do Mundo não impactou o mercado de trabalho apurado na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), segundo Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não houve aumento de vagas em número considerável que fosse percebido pela pesquisa, nem um movimento de dispensa de trabalhadores temporários ao fim do evento.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira, 21, os dados do emprego nas regiões metropolitanas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e do Recife. Por causa da greve, as informações de Salvador e Porto Alegre não ficaram prontas a tempo, pelo terceiro mês consecutivo.

“Essas quatro regiões que foram divulgadas foram sedes do evento. Desde a divulgação do mês de junho e também nessa de julho não se observou movimento importante da população ocupada em setores que provavelmente têm aderência importante ao movimento, como serviços e comércio”, disse Adriana.

Analistas estimavam que os empregados temporários que costumavam ser dispensados após o carnaval teriam tido os contratos estendidos até o fim da Copa, o que poderia fazer crescer a taxa de desemprego ao fim do evento, quando fossem enfim demitidos. No entanto, a pesquisadora afirma não ser possível observar esse movimento na pesquisa, devido à ausência do evento no componente de sazonalidade da série histórica.

Quanto à contratação de temporários especificamente para os meses do Mundial de Futebol, tampouco há confirmação dos números. “Eventualmente, alguma região, como o Rio de Janeiro, teve aumento (no número de vagas) no comércio. Mas, de um modo geral, para as regiões que sediaram o evento, de fato, não se observou aumento expressivo da população ocupada nesses meses em que foi realizada a Copa”, declarou.

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