Rio de Janeiro – O emprego na indústria cresceu 2,2% no mês de agosto em relação ao mesmo período do ano passado, completando 14 meses consecutivos de expansão. A taxa é a mais alta desde abril de 2005, quanto o crescimento no emprego industrial sobre o ano anterior foi de 3,2%.

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Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta segunda-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o contingente de trabalhadores cresceu em 12 dos 18 segmentos da indústria e em nove dos 14 locais pesquisados.

Os setores que mais contribuíram para o aumento do emprego foram o de alimentos e bebidas (4,2%), de meios de transportes (9,6%) e de máquinas e equipamentos (8,8%).

Segundo André Macedo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, os resultados positivos no do mercado de trabalho acompanham o ritmo da atividade industrial no país, observado ao longo deste ano.

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?O emprego industrial está diretamente associado ao bom desempenho da atividade produtiva, não só nas comparações contra igual período de ano anterior, mas ao longo deste ano, que vem apresentando um cenário bastante positivo".

Macedo destacou que, essencialmente, aqueles setores que têm um grande destaque na produção industrial ? a indústria automobilística, os setores produtores de bens de capital que estão diretamente associados a maiores investimentos, às commodities – são os que, também no mercado de trabalho, estão gerando os melhores resultados.

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Entre os estados, São Paulo foi o que representou o maior o impacto positivo, com alta de 4,1% na concentração de trabalhadores, gerada principalmente pelo desempenho do segmento de máquinas e equipamentos, onde o emprego cresceu 9,9%.

Embora com menor peso na taxa nacional do emprego industrial, o Paraná foi a unidade da Federação onde as contratações mais avançaram (4,2%), com destaque para a indústria automobilística, que apresentou incremento de 29,7% no contingente de trabalhadores. Também em Minas Gerais, onde o emprego avançou 2,6%, a indústria de veículos foi a que mais impulsionou o mercado de trabalho com aumento de 16% no número de empregados.

Movimento no sentido contrário ocorreu em Pernambuco, com retração de 4,1% mercado de trabalho industrial, gerado principalmente por um número menor de empregados nos segmentos de calçados e couro (9,6%), de madeira (7,7%) e de vestuário (2,6%).

Em relação ao mês de julho, a pesquisa do IBGE indicou aumento de 0,2% no emprego na indústria. Com o resultado, o setor acumula do ano alta de 1,6% de janeiro a agosto no pessoal ocupado, em relação ao mesmo período do ano passado.

O levantamento também apontou expansão de 0,3% no valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria em relação ao mês de julho e de 4,7% na comparação com agosto do ano passado.

?Os resultados positivos da folha, observados nos últimos meses refletem não só o incremento das contratações, mas também da própria recuperação dos salários quando comparados com iguais períodos do ano anterior?destacou Macedo.

No confronto com o ano anterior, o aumento na folha de pagamento da indústria foi registrado em todos os estados pesquisados, com exceção do Espírito Santo, onde houve retração de 3,3%. A maior influência para a expansão nacional nos salários pagos veio de São Paulo (2,8%), principalmente por causa de aumento salarial nas indústrias ligadas a meios de transporte (8,3%), produtos químicos (8,5%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,9%).

Expansões acima da média nacional foram registradas nos estados do Rio Grande do Sul (14,5%) e do Rio de Janeiro (8,6%).