Emprego industrial teve queda de 4,5% no Estado

O Paraná apresentou um recuo de 4,5% no emprego industrial em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem os dados.

O índice de pessoal ocupado assalariado foi o maior entre os locais pesquisados, empatando apenas com o apresentado nas regiões Norte e Centro-Oeste. No País, a queda no mesmo comparativo ficou em 2,5%. É a segunda taxa negativa consecutiva e a menor da série histórica iniciada em 2001.

Os segmentos da madeira (-24,1%) e vestuário (-17,1%) foram os que mais contribuíram para a baixa estadual, segundo o IBGE. Os dados também apontam quedas nos setores de alimentos e bebidas, têxtil, calçados e couro, produtos químicos, máquinas e equipamentos, fabricação de meios de transporte e fabricação de outros produtos da indústria da transformação.

Em relação a dezembro do ano passado, o emprego industrial no Brasil recuou 1,3%. O IBGE ressaltou que esta foi a quarta queda consecutiva na comparação com meses anteriores, na série livre dos efeitos sazonais. O índice nacional acumulado nos últimos 12 meses (1,6%) também apresentou desaceleração, chegando à marca mais baixa desde setembro de 2007 (1,5%).

Na divisão por setores, os maiores impactos negativos na média do País foram no vestuário (-8,2%), calçados e artigos de couro (-10,3%) e madeira (-13,3%). O IBGE destacou que os setores de meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações e máquinas e equipamentos, que vinham com “clara redução no ritmo de expansão” no final de 2008, em janeiro também apresentaram taxas negativas.

Já os segmentos de minerais não-metálicos (3,2%), refino de petróleo e produção de álcool (10,5%) e papel e gráfica (1,9%) tiveram os desempenhos positivos mais importantes.

Horas pagas

No número de horas pagas de janeiro, o Paraná também foi destaque negativo, com queda de 5,7%, no confronto com o mesmo mês de 2008. O recuo só é melhor que o apurado nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde a queda foi de 6,3%.

São Paulo (-3,3%), região Nordeste (-3,0%) e Rio Grande do Sul (-4,1%) também foram destaques. No Paraná, o recuo foi puxado pelos setores da madeira (-24,3%), alimentos e bebidas (-8,1%), vestuário (-15,7%) e meios de transporte (-15,0%).

A média nacional das horas pagas também recuou (-3,6%) na comparação com janeiro de 2008, atingindo a menor taxa da série histórica, iniciada em 2001. Na comparação com dezembro, as horas pagas no Brasil recuaram 1,8% no confronto com o mês imediatamente anterior. É a quarta taxa negativa consecutiva no País, que já acumula neste período uma perda de 5,3%.

O índice mensal de janeiro da folha de pagamento real, que fechou em 1,2% no País, avançou em relação a janeiro de 2008 mas ficou, para o IBGE, bem abaixo do índice para o quarto trimestre de 2008 (4,4%). O resultado também é o menor desde dezembro de 2006 (0,5%).

As taxas são obtidas na comparação com iguais períodos do ano anterior. Dos locais pesquisados, doze tiveram taxas menores do que as do último trimestre. Os destaques negativos ficaram com o Paraná (de 6,4% para -0,6%) e Minas Gerais (de 8,1% para -2,2%).