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Setores de bens de capital e
de consumo duráveis foram
os melhores no Paraná.

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O número de empregos nas indústrias do Paraná cresceu 4,09% em 2004, de acordo com levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice foi o terceiro melhor do País e o maior da região Sul. Também é o melhor dos últimos três anos: em 2002, o crescimento no Paraná foi de apenas 0,2% e, em 2003, de 2,4%. A média nacional ficou em 1,92% – apontada como a melhor desde 1990. As maiores taxas foram verificadas nas regiões Norte e Centro-Oeste (4,82%) e em Minas Gerais (4,42%).

No Paraná, dez dos 18 setores analisados apresentaram índices positivos no ano. Os setores que mais contribuíram para o resultado foram vestuário (crescimento de 14,7%), seguido por alimentos e bebidas (5%), máquinas e equipamentos (9,9%), meios de transporte (8,8%) e outros produtos da indústria de transformação (4,8%). Na outra ponta, apresentaram índices negativos os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos (-6,4%), calçados e couros (-8,7%), indústria extrativa (-8,7%), borracha e plásticos (-1,7%). ?Nesses setores, houve mais desligamentos do que contratações. Mas não o suficiente para reverter o quadro de crescimento do nível de emprego?, apontou a economista Denise Cordovil, da coordenação de Indústria do IBGE.

Segundo ela, os setores que mais empregaram no Paraná guardam ligação com a expansão da agroindústria, bens de capital e bens de consumo duráveis. ?Esses dois últimos são apontados como principais focos de dinamismo da atividade industrial?, comentou a economista. ?O vestuário também teve um resultado importante, o que revela o aumento do poder de compra da população?, apontou.

No acumulado no ano, o crescimento nacional de 1,9% ocorreu com as seguintes contribuições positivas: máquinas e equipamentos (14,1%) e alimentos e bebidas (3,7%). Por outro lado, a principal influência negativa no resultado anual, as maiores pressões vieram do vestuário (-7,5%) e produtos de metal (-5,1%).

Dezembro

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Especificamente em dezembro, na comparação com igual mês do ano anterior, a taxa paranaense foi calculada em 6,34%. A média brasileira neste caso foi de 4,42%. No último mês do ano, o resultado do parque industrial paranaense foi o segundo melhor do Brasil. O maior foi registrado pelo conjunto dos Estados das regiões Norte e Centro-Oeste (7,99%).

O crescimento nacional de 4,42% no índice dezembro foi resultado do aumento no nível de emprego em 13 das 14 áreas e em 13 dos 18 segmentos investigados, cujos destaques foram alimentos e bebidas (6,6%), máquinas e equipamentos (16,0%) e meios de transporte (16,5%).

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Ainda na comparação dezembro 04/dezembro 03, somente o Rio Grande do Sul apresentou queda (-0,9%), em função das demissões em oito ramos industriais, em especial, calçados e couro (-12,4%). No total do País, as demissões superaram as contratações em cinco ramos, sendo que os principais impactos negativos foram de produtos de metal (-4,1%) e calçados e couro (-3,7%).

Salários

Se o índice de emprego na indústria do Paraná cresceu acima da média nacional em 2004, o mesmo não se pode afirmar em relação ao salário. Enquanto a média brasileira registrou aumento real de 9% na folha de pagamento, no Paraná ela ficou um pouco abaixo, em 8,7%. De acordo com Denise Cordovil, do IBGE, os maiores aumentos ocorreram em Minas Gerais (12,7%), regiões Norte e Centro-oeste (10,6%) e São Paulo (9,6%). O Paraná aparece na quarta posição. ?O que está por trás dos rendimentos dos trabalhadores é o crescimento da produção e a inflação menor?, apontou Denise. ?Esses índices sugerem a recuperação do poder de compra do trabalhador em 2004?, arrematou.