O recuo de 4,2% no emprego industrial em fevereiro deste ano, na comparação com fevereiro do ano passado, terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, foi o maior da série histórica do índice, iniciada em 2001. A informação é do IBGE, que anunciou nesta quinta-feira (9) a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário (Pimes) de fevereiro.
Na comparação com fevereiro do ano passado, 13 dos 14 locais pesquisados e 13 dos 18 setores analisados reduziram o número de trabalhadores. Entre os destaques, houve quedas na ocupação industrial em São Paulo (-3,6%), Minas Gerais (-5,5%) e regiões Norte e Centro-Oeste (-6,7%), que exerceram as pressões negativas mais significativas no total do País.
Ainda segundo o instituto, em seu detalhamento da pesquisa, o índice de média móvel trimestral, indicador usado para mensurar tendências, caiu 1,5% no trimestre terminado em fevereiro, ante o trimestre terminado em janeiro. Isso representa uma aceleração no ritmo de queda observado nos meses anteriores, no mesmo indicador trimestral, que registrou taxas negativas em dezembro (-0,9%) e em janeiro (-1,3%).
Horas pagas
O número de horas pagas em fevereiro, comparativamente a fevereiro do ano passado, caiu 5,7%, a menor taxa da série histórica iniciada em 2001. Segundo o IBGE, a queda no número de horas pagas no primeiro bimestre do ano foi de 4,7%, bem mais intensa do que o resultado do quarto trimestre de 2008 (-0,2%) – sendo que ambas as comparações são contra igual período do ano anterior.
Ainda de acordo com o IBGE, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em fevereiro caiu 0,4% ante janeiro, na série livre de efeitos sazonais, sendo a quinta taxa negativa consecutiva nessa comparação. De outubro do ano passado, época do agravamento da atual crise global, até fevereiro de 2009, a queda no número de horas pagas é de 5,7%.
