IBGE

Emprego industrial se recupera no mês de julho

O emprego industrial no Paraná avançou 1,6% em julho deste ano, na comparação mensal com julho de 2009. Em contrapartida, no mesmo período, esse índice aumentou 5,4% no país, um recorde na base de comparação anual, dentro da série histórica iniciada em 2001.

No acumulado do ano, novamente, o estado ficou atrás da tendência nacional. Enquanto o Brasil alcançou 2,9%, o estado registrou 0,6% de alta acumulada. O setor que mais afetou o índice, conforme os dados da Pesquisa de Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o de Alimentos e Bebidas que no mês apresentou queda de 5% em Pessoal Ocupado Assalariado e, no acumulado dos primeiros sete meses do ano, recuou 4%.

“Foi uma situação bem singular a do estado, especialmente do setor de Alimentos e Bebidas que impactou negativamente o desempenho paranaense. Se de um lado houve queda na ocupação, do outro, o mesmo setor e o mesmo estado se destacaram na alta dos percentuais da folha de pagamento”, analisou o economista do IBGE, Fernando Abritta.

Foi de 7% a elevação da folha de pagamento do setor no estado, segundo o indicador mensal da Pimes, que também é uma pesquisa produzida pelo IBGE. Na análise geral da folha de pagamento do Paraná, o estado cravou 12,4% de aumento em relação a julho de 2009.

Já o país evoluiu 11,2% na mesma comparação. “Foi outro recorde batido pelo Brasil, na relação mês a mês. Desde março de 2004, quando se alcançou 12,5% de crescimento, que não se atingia um percentual tão positivo na folha de pagamento”, apontou Abritta.

O principal motivo para esse incremento tanto no país e, principalmente, no estado foi que em julho se efetuou o pagamento da participação dos lucros aos funcionários da Petrobras.

Isso foi confirmado nos índices referentes ao setor de Refino e Produção de Álcool, que em julho, despontaram com 50% de alta na folha de pagamento no Paraná.

Redução nas horas pagas

No terceiro e último ponto avaliado pela Pimes, o Número de Horas Pagas, os índices paranaenses também seguiram em direção contrária ao número nacional. O país registrou um recuo de 0,3% em relação a julho de 2009.

O Paraná, por sua vez, obteve 1,6% de alta para o mesmo período. “O percentual nacional foi próximo da estabilidade e recuou após cinco meses seguidos de expansão”, justificou o economista do IBGE.

Contudo, com relação a discrepância entre a melhora no pagamento das horas e a redução no Número de Pessoal Ocupado Assalariado, o economista foi categórico em afirmar que a razão disso pode ser encontrada em um eventual fechamento de empresas de pequeno porte que não interferiram tão significativamente nos dados referentes a folha de pagamento e horas pagas. No entanto, tiveram uma participação amplificada na amostragem que mediu a ocupação. “Chamamos de efeito estatístico”, revelou.

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