O emprego na indústria recuou 0,1% em janeiro de 2011 ante dezembro do ano passado, na série livre de influências sazonais, segundo informou nestra sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto anunciou os resultados da Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário (Pimes) de janeiro. Em dezembro, o emprego industrial mostrou taxa negativa idêntica, também de 0,1% em relação a novembro.
Para o IBGE, o desempenho de janeiro mostra um quadro de estabilidade no emprego industrial. Isso reflete o menor dinamismo da produção industrial observado a partir do segundo trimestre do ano passado. De acordo com o IBGE, na comparação com janeiro de 2010, o emprego industrial cresceu 2,7% em janeiro deste ano. A ocupação na indústria acumula alta de 3,7% nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano.
Regiões
O emprego industrial em janeiro deste ano avançou nas 14 áreas pesquisadas pelo IBGE, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo informou o instituto, os destaques de aumento no emprego industrial, neste período de comparação, ficaram com as taxas positivas registradas em São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,2%), região Norte e Centro-Oeste (4,4%) e região Nordeste (2,1%). O Paraná teve variação de 2,1%.
Na avaliação por setores, o IBGE informou que o emprego industrial avançou em 12 dos 18 ramos pesquisados em janeiro ante o mesmo mês do ano passado. Os destaques positivos na ocupação da indústria no período foram registrados nas atividades de meios de transporte (8,2%), produtos de metal (8,9%), máquinas e equipamentos (7,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,6%) e metalurgia básica (9,0%). Entre as quedas no emprego industrial detectadas pelo IBGE no mesmo período, os destaques negativos foram registrados em papel e gráfica (baixa de 8,1%) e vestuário (queda de 2,8%).
Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,1% em janeiro ante dezembro. Em dezembro, o número de horas pagas cresceu 0,3% em relação a novembro.
De acordo com o instituto, na comparação com janeiro de 2010, o número de horas pagas cresceu 2,8% em janeiro deste ano – a menor taxa de crescimento desde fevereiro de 2010 (1,7%). O número de horas pagas acumula alta de 4,3% nos 12 meses encerrados em janeiro de 2011.
Nos 14 locais pesquisados pelo IBGE, o número de horas pagas cresceu em 13 localidades em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques positivos foram registrados nos aumentos apurados no período em São Paulo (1,9%), Minas Gerais (5,0%), região Norte e Centro-Oeste (5,8%), Paraná (3,5%) e Santa Catarina (3,0%).
Na análise por setores, o IBGE informou que 11 dos 18 ramos pesquisados apresentaram alta no número de horas pagas em janeiro ante igual mês de 2010. Entre os destaques positivos no período estão meios de transporte (8,9%), produtos de metal (10,3%), máquinas e equipamentos (7,0%), minerais não metálicos (8,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,7%). Já entre os destaques negativos estão papel e gráfica (baixa de 9,1%), vestuário (queda de 2,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (recuo de 5,3%).
Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) da indústria cresceu 5,1% em janeiro ante dezembro, após ter acumulado queda de 4,4% nos dois últimos meses de 2010. Em relação a janeiro do ano passado, a folha de pagamento real da indústria cresceu 7,1% no primeiro mês de 2011 – a 13ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. No acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro, a folha de pagamento registra alta de 7,3%.
O instituto informou que, na comparação com janeiro do ano passado, o valor da folha em janeiro deste ano cresceu em todos os 14 locais pesquisados, com destaque para os aumentos registrados em São Paulo (6,1%), Minas Gerais (18,3%), Rio de Janeiro (7,1%) e Paraná (7,4%).
Na análise por setores, o IBGE informou que o valor da folha de pagamento real cresceu em 14 dos 18 setores industriais pesquisados em janeiro ante igual mês do ano passado. Entre os destaques positivos estão meios de transporte (17,5%), máquinas e equipamentos (12,2%), produtos químicos (11,9%), produtos de metal (11,1%) e alimentos e bebidas (3,7%). Já entre as quedas aparecem papel e gráfica (baixa de 10,9%) e madeira (recuo de 2,6%).