O emprego na indústria ficou estável (0,0%) na passagem de dezembro para janeiro, na série livre de influências sazonais, informou, nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com janeiro de 2012, o emprego industrial apontou queda de 1,1%. Em 12 meses, os postos de trabalho na indústria diminuíram 1,4%.
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,3% em janeiro ante dezembro, a terceira taxa negativa consecutiva, período em que acumulou perda de 0,7%. Na comparação com janeiro de 2012, o número de horas pagas teve queda de 1,4%, a 17ª taxa negativa seguida.
Houve recuo em 11 dos 14 locais pesquisados, assim como em 12 dos 18 ramos investigados. As principais influências negativas foram de vestuário (-7,8%), calçados e couro (-5,9%), outros produtos da indústria de transformação (-5,3%), máquinas e equipamentos (-2,9%), têxtil (-4,6%), madeira (-6,9%) e papel e gráfica (-2,6%). Na direção oposta, o setor de alimentos e bebidas (1,6%) teve o principal resultado positivo.
Entre os locais, a região Nordeste (-4,0%) foi a principal influência negativa, pressionada pela redução no número de horas pagas nos setores de alimentos e bebidas (-5,9%), vestuário (-4,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), indústrias extrativas (-8,4%) e borracha e plástico (-6,7%).
Outros impactos negativos foram do Rio Grande do Sul (-4,2%), da região Norte e Centro-Oeste (-3,2%), de São Paulo (-0,8%), e Pernambuco (-7,6%). O Paraná (1,7%) exerceu a principal contribuição positiva no número de horas pagas, graças aos setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (15,6%) e alimentos e bebidas (4,0%). Nos últimos 12 meses, o número de horas pagas na indústria caiu 1,9%.