Emprego industrial fica estagnado, mas rendimento sobe

Rio (AE) – O emprego industrial ficou estagnado em junho, enquanto o rendimento dos trabalhadores do setor prossegue em alta. O número de ocupados caiu 0,1% em junho em relação a maio e recuou o mesmo porcentual na comparação com igual mês de 2005. Os dados da ocupação são negativos e incluem mau desempenho no primeiro semestre (-0,5%) e nos últimos 12 meses (-0,3%).

Para o economista André Macedo, da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o quadro do emprego industrial em junho é de estabilidade, acompanhando o que vem ocorrendo na produção. Segundo ele, para números mais fortes na ocupação industrial, será preciso maior vigor na reação da atividade do setor.

Para Macedo, com os resultados de junho, o mercado de trabalho industrial fecha o primeiro semestre com um ?quadro negativo?, já que há queda de 0,5% na ocupação ante igual período do ano passado. ?Isso está diretamente relacionado com a produção?, avalia.

Renda

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria cresceu 0,2% em junho na comparação com maio e apresentou resultados positivos também nos indicadores comparativos a iguais períodos do ano anterior: 1,4% em relação a junho de 2005; 0,4% no acumulado no primeiro semestre e 1,6% no acumulado nos últimos 12 meses.

Para Macedo, o aumento da renda na indústria está relacionado aos mesmos fatores que têm elevado o rendimento na média dos setores no País: reajuste do salário mínimo, recomposição de perdas e queda da inflação.

CNI

Macedo explicou que a diferença entre os dados apurados no emprego industrial pelo IBGE e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no comparativo a iguais períodos do ano passado ?provavelmente? está relacionada ao ?corte diferenciado? dos dois levantamentos. Segundo ele, enquanto a CNI pesquisa apenas grandes indústrias, o IBGE investiga também ?um volume grande? de pequenas empresas.

De acordo com o que a CNI divulgou ontem, o emprego industrial ficou estável em junho em relação a maio e cresceu 1,29% na análise em relação a junho de 2005 e 1,42% no primeiro semestre. Macedo destacou que, apesar das diferenças, as duas pesquisas convergem no que diz respeito à tendência do mercado de trabalho industrial, já que ambas apontam estabilidade na ponta da série, ou seja, na comparação a mês anterior.

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